Após a autorização do envio de Forças Armadas para aquele estado brasileiro, decretada pelo Presidente, Michel Temer, o ministro da Defesa anunciou, em conferência de imprensa, que serão destacados 8,5 mil militares, 620 elementos da Força Nacional - uma tropa de elite do Governo Federal -, 380 agentes da Polícia Rodoviária Federal e outros 740 polícias que já atuavam no Rio de Janeiro.
O ministro afirmou que o foco inicial das operações se concentrará na região metropolitana da capital, apesar de o decreto assinado pelo Presidente ser válido para todo o estado.
"Eventualmente podem ser necessárias ações além da região metropolitana” do Rio de Janeiro, disse.
Raul Jungman também reconheceu que o reforço na segurança não dará resultados do dia para a noite, mas acrescentou que a combinação da polícia local com as forças federais irá produzir ações de efeito a médio prazo.
"Nós não vamos recuar porque estamos determinados e vamos até o fim", frisou.
Antes do anúncio, o Presidente brasileiro assinou um decreto permitindo o uso das Forças Armadas no Rio de Janeiro até o dia 31 de dezembro.
Antes do decreto, já estavam a operar na zona cerca de 200 oficiais da Força Nacional de Segurança, mas o contingente foi insuficiente para conter o aumento da criminalidade que tem assustado os moradores.
A escalada da violência no Rio de Janeiro começou no ano passado e coincidiu com uma grave crise económica, que obrigou as autoridades locais a declararem situação de calamidade financeira.
Na ocasião, foram feitos cortes profundos nos gastos, afetando até o pagamento dos salários dos polícias.
Com a falta de recursos, a insegurança cresceu e houve um aumento grande de assaltos e crimes vários em toda a cidade.
Este ano já morreram 90 polícias na capital carioca e os dados apontam para uma média de 15 tiroteios de rua por dia e um aumento em 21 por cento dos assaltos a veículos pesados.
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