Segundo a instituição, a “transmissão do vírus da febre-amarela continua a expandir-se para a costa atlântica do Brasil em áreas não consideradas em risco de transmissão antes da revisão da avaliação de risco, publicada de 27 de janeiro”, que agora inclui também cidades do estado da Baía.
No Espírito Santo, estado brasileiro onde a doença foi detetada primeiramente em macacos, existe risco de transmissão da febre-amarela em todos os municípios, com exceção da área urbana da capital, Vitória.
No Rio de Janeiro, há risco de transmissão da febre-amarela nos municípios da região norte, que fazem fronteira com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Diante deste quadro, a OMS recomenda que os viajantes que pretendem visitar o Brasil se vacinem contra febre-amarela pelo menos 10 dias antes da viagem.
Aos viajantes com contraindicação para a vacina contra a febre-amarela – crianças com menos de 9 meses, mulheres grávidas ou lactantes, pessoas com hipersensibilidade grave, imunodeficiência grave e idosos com mais de 60 anos – a OMS recomenda uma consulta médica para obter aconselhamento.
Além destas medidas, a OMS reforça que é importante os turistas adotarem medidas para evitar picadas de mosquitos e conheçam os sintomas da doença que são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vómitos durante cerca de três dias.
O órgão de saúde mundial recomenda ainda aos viajantes que apresentem estes sintomas que procurem atendimento durante a viagem e ao regressarem de áreas com risco de transmissão da febre-amarela.
O Ministério da Saúde do Brasil divulgou um novo boletim sobre o avanço da febre-amarela no país na última terça-feira, confirmando 80 mortes causadas pela doença.
O órgão de saúde brasileiro informou ainda que já recebeu 1.230 notificações de casos de febre-amarela desde que um novo surto foi detetado no final do ano passado. Destas, 890 casos estão em investigação, 234 foram confirmados e 106 foram descartados.
Os estados afetados são Minas Gerais, Espírito Santo, Baía, São Paulo e Tocantins. Neste último boletim, o ministério acrescentou o estado do Rio Grande do Norte, que também registou notificações de casos suspeitos.
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