A residência privada de Michel Temer, que se encontra em Brasília com a sua família, situa-se num bairro da capital paulista e foi isolada por um perímetro de segurança de aproximadamente 150 metros que impediu o acesso dos milhares de manifestantes que se reuniram nos arredores.
A marcha, convocada por sindicatos e organizações sociais num outro ponto da cidade, decorreu de forma pacífica e sem incidentes mas, quando as iniciativas programadas terminaram, polícias de choque começaram a dispersar um grupo que ainda permanecia no local.
Várias pessoas, com máscaras a cobrir o rosto, responderam aos agentes antimotim lançando pedras, garrafas e vidros que se encontravam na rua.
Em formação e com veículos blindados, a polícia avançou progressivamente pelas ruas próximas até terminar de dispersar os grupos que resistiam em abandonar o local.
O protesto teve início ao início da noite de sexta-feira no Largo da Batata, a poucos quilómetros da residência de Temer, e reuniu líderes políticos, como os senadores Gleisi Hoffmann e Lindbergh Faria, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e dos principais sindicatos também acompanharam pacificamente a caminhada até à cada de Temer.
Antes, na Avenida Paulista, em pleno coração financeiro de São Paulo, realizou-se outra atividade, em que aproximadamente 3.000 pessoas, segundo os organizadores, protestaram em frente à sede regional da Presidência.
O Brasil viveu na sexta-feira um dia de greve geral, a primeira em 20 anos, contra reformas económicas, incluindo mudanças no sistema laboral e pagamento de pensões, o qual acabou por ficar marcado por confrontos entre manifestantes e forças da autoridade.
A greve geral teve impacto nos transportes públicos, por exemplo, mas não conseguiu paralisar o país, tal como pretendiam os sindicatos que a convocaram.
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