De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o número representa um aumento de 46,5% em relação a 2023.
Só na Amazónia, a maior floresta tropical do mundo, foram registados 140.346 incêndios, seguindo-se os biomas do Cerrado (81.468) e Mata Atlântica (21.328).
O aumento do número de incêndios acontece num ano em que a média das temperaturas ficou em 25,02°C, o valor mais elevado desde que os dados são contabilizados.
O Brasil sofreu este ano uma seca extrema, atribuída em parte às alterações climáticas, mas agravada pelos incêndios provocados por muitos proprietários rurais para preparar as terras para a plantação.
Para tentar estancar o problema, em outubro, o Governo brasileiro apresentou um projeto de lei que propõe multas mais pesadas para crimes associados à destruição do ambiente.
A proposta foi remetida às câmaras legislativas, que há mais de seis anos procuram, sem sucesso, chegar a um consenso sobre o tema, embora o debate tenha assumido maiores proporções em 2024, devido à intensidade dos incêndios que afetaram todos os ecossistemas do país, com particular gravidade na região amazónica e no pantanal.
A proposta do Governo aumenta a pena de prisão de três para seis anos para quem provocar incêndios florestais ou em pastagens, além de endurecer as penas pecuniárias aplicáveis a esses crimes.
Considera ainda como agravantes incêndios serem desencadeados em áreas protegidas e de, pela sua dimensão, colocarem em perigo a vida e os bens de outras pessoas ou terem impacto na saúde pública.
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