Segundo o mais recente boletim divulgado pelas autoridades, 26 pessoas morreram na cidade de Guarujá, quatro em Santos e duas em São Vicente.

Guarujá foi o município mais afetado pelas tempestades, concentrando 42 dos 47 desaparecidos e 249 dos 434 desalojados. A cidade vizinha de Santos tem 185 pessoas desalojadas.

Bombeiros e membros do serviço de socorro retomaram os trabalhos de busca e salvamento hoje de manhã, mas tiveram que suspendê-los temporariamente devido ao risco iminente de novos deslizamentos de terra na região.

“Tivemos de parar. Estamos a aguardar que o solo estabilize. O dia está bastante quente e pode evaporar a água e melhorar a situação”, disse o porta-voz dos bombeiros, capitão Marcos Palumbo.

Mais de 40 bombeiros trabalham nas operações de resgate e, segundo Palumbo, serão introduzidas máquinas para auxiliar nas buscas.

As vítimas e os municípios afetados receberam um total de 30,5 toneladas de material de ajuda humanitária, como colchões, cobertores, roupas, água potável e alimentos.

O governador de São Paulo, João Doria, voltou a visitar as áreas afetadas e anunciou a cedência de 50 milhões de reais (9,5 milhões de euros) para obras de infraestruturas em Guarujá, Santos e São Vicente.

Já o Governo brasileiro decretou o estado de calamidade pública no Guarujá e situação de emergência nos outros dois municípios mais afetados, para que as três localidades tenham recursos federais para operações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços à população e reconstrução de estruturas públicas.

As fortes chuvas que atingem a região desde a madrugada de terça-feira causaram inundações e danos em diversos pontos de cidades costeiras de São Paulo, bloquearam vários estradas e afetaram o transporte, educação, abastecimento de água, eletricidade e rede de comunicações.