"Chegou o momento dos líderes políticos europeus, no contexto do 'Brexit', reafirmarem na Cimeira de Roma a aposta no euro", afirmou o governante durante a sua intervenção no evento promovido em Lisboa pelo Instituto Jacques Delors para a apresentação do relatório "Reparar e preparar: o Euro e o crescimento depois do Brexit".
Segundo Centeno, essa aposta na moeda única deve estar "assente numa partilha de responsabilidades entre Estados, cimentada pela confiança mútua".
O ministro garantiu que Portugal, "após anos de crise, continua a ser um país europeísta" e que o Governo se vai empenhar no reforço da divisa europeia.
"Não devemos esperar pela próxima crise para reforçar o euro", destacou, considerando que a Europa está hoje numa "boa situação" para reforçar "de forma gradual e pragmática" a União Económica e Monetária.
"Devemos ser capazes de aderir com entusiasmo a este projeto e, ao fazê-lo, estaremos a reforçar a confiança nas nossas economias e, assim, a fomentar o investimento, o emprego e a convergência", sublinhou.
O governante assinalou também que o debate sobre o futuro do euro deve ter como base "as ideias de crescimento e de convergência", uma vez que "sem crescimento sustentável e equitativo para todos os membros da União [Europeia], sem convergência, o projeto europeu fracassará".
Mário Centeno alertou que "o euro está vulnerável e necessita que a arquitetura da União Económica e Monetária seja reforçada".
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