De acordo com as mesmas fontes, há 17 Estados-membros entre os 27 que apoiam uma extensão longa, com as opiniões a variarem entre 31 de outubro, véspera da entrada em funções da nova Comissão Europeia, o final deste ano ou, ainda, março ou maio de 2020.
Os líderes daqueles países consideram que uma extensão curta do ‘Brexit’ não evitaria necessariamente um cenário de ausência de acordo para a saída ordenada do Reino Unido da União Europeia, preferindo assim dar mais tempo para ao Governo de Theresa May para convencer o parlamento britânico a ratificar o Acordo de Saída.
Quatro países preferem uma extensão mais curta, embora não se oponham a uma longa, havendo ainda vários indecisos.
Firme na sua defesa de um adiamento curto está a França, com a Áustria a apoiar a posição do Presidente francês, Emmanuel Macron, inabalável na sua pretensão de que um mau acordo poderá ser pior do que um ‘no deal’.
À entrada para o Conselho, Macron já advertira que uma extensão longa, por muitos dada como praticamente certa, estava longe de ser um dado adquirido, considerando que a União Europeia já dedicou demasiado tempo ao ‘Brexit’ e “o tempo das decisões é agora”, pois os 27 devem poder dedicar-se nos próximos meses ao projeto europeu.
Os chefes de Estado e de Governo dos 27 estão reunidos há cerca de quatro horas para deliberar sobre o segundo pedido de prorrogação do Artigo 50.º do Tratado de Lisboa, aquele que estabelece um período de dois anos para as negociações de saída de um Estado-membro.
O Conselho Europeu dedicado ao ‘Brexit’ teve início às 18:30 em Bruxelas (17:30 em Lisboa), com a primeira-ministra britânica a expor o seu plano e a responder às questões dos seus parceiros europeus durante mais de uma hora.
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