"O Reino Unido corre o risco de conhecer um período difícil, já que o Brexit pode impedir um grande número de pessoas de entrar no país, o que é mau para a ciência", que é essencialmente "global", disse numa conferência de imprensa na Universidade de Northwestern, perto de Chicago, Illinois, onde é professor.
"A ciência no Reino Unido depende há 30 anos de um 'pool' de 500 milhões de pessoas e dos seus talentos", acrescentou o químico, que destacou que o seu grupo de pesquisa conta com cientistas provenientes de muitos países, como China, Índia, Coreia do Sul e Arábia Saudita, entre outros.
Stoddart dividiu o Nobel da Química com o francês Jean-Pierre Sauvage, 71 anos, e com o holandês Bernard Seringa, 65, pelos seus trabalhos sobre as minúsculas "máquinas moleculares" que prefiguram os nano-robôs do futuro.
O investigador também atacou Donald Trump, o candidato republicano à Casa Branca, ainda que sem nomeá-lo.
Questionado sobre o que fará com o dinheiro que receberá pelo prémio, respondeu: "Não sou muito inteligente, o IRS (sistema fiscal americano) levará um terço". "Vocês entenderam bem? Não sou muito inteligente", acrescentou entre risos e aplausos.
A alusão a Donald Trump ficou evidente, escreve a AFP. O magnata imobiliário tem-se recusado a divulgar a sua declaração de impostos e chegou mesmo a dizer que conseguia escapar aos impostos por ser muito inteligente.
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