“A curto e médio prazo, não penso voltar ao Sporting, no longo prazo aprendi que não se deve dizer nunca. Estou focado na família, naquilo que sou eu e nas coisas que gosto de fazer”, disse Bruno de Carvalho na apresentação do livro perante cerca de trezentos adeptos ‘leoninos’, aos quais distribuiu autógrafos durante duas horas.
Além de admitir voltar à presidência do clube, Bruno de Carvalho revelou que irá escrever um segundo livro: “Para que o ‘Sem Filtro’ seja abrangente terá de haver um ‘Sem Filtro 2’. O Rui Couceiro [representante da editora que lançou o livro] reage sempre da mesma maneira, que é à defesa, enquanto eu gosto de jogar ao ataque. Eu era o gordinho sempre à mama, que se fartava de marcar golos”.
O ex-presidente dos ‘leões’ fez questão de esclarecer que a data para o lançamento do livro “foi escolhida em novembro do ano passado pela editora e não há qualquer aproveitamento do mau momento que a equipa de futebol atravessa”, tanto mais que “foi feita uma escolha pelos sócios do Sporting e há outro presidente em funções”.
Bruno de Carvalho revelou ainda que houve muitos entraves ao lançamento do seu livro.
“Não imaginam as pressões que foram feitas para que isto não fosse possível, mas conseguimos. O livro está aí, um livro polémico e que mexe com muitos interesses, mas só assim podia ser útil para que as pessoas percebam o que rodeia o futebol profissional”, disse.
Sobre o conteúdo do livro, Bruno de Carvalho aludiu a personagens como Otávio Machado, de Jorge Jesus, de Luís Filipe Vieira, de Jorge Mendes, de contratações extravagantes, de exigências de jogadores, de duras negociações, do triste episódio da Academia, da violência do desporto, dando o exemplo do incidente nas imediações do estádio da Luz e do râguebi, desporto duro, mas expoente do ‘fair-play’.
A terminar a sua intervenção, Bruno de Carvalho apelou “do fundo do coração” aos sportinguistas para “apoiarem o clube” e que agora “é tempo de unir e de tentar fazer tudo para ultrapassar o péssimo momento que atravessa”.
“Está a trilhar um caminho que eu não seguiria, mas foi a escolha dos sportinguistas”, rematou o ex-presidente dos ‘leões’.
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