“Só o voto no PS vai permitir o virar de página, só o voto do PS vai permitir a mudança na região. Está claro para todos, não há qualquer ilusão, de que votar no Chega, no CDS, na Iniciativa Liberal ou no PAN é votar no PSD, é votar em Miguel Albuquerque, isto está à vista de todos”, afirmou Paulo Cafôfo, num comício do PS/Madeira, na praça junto à Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal.
Contando com a presença do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, o comício juntou cerca de duas centenas de apoiantes e militantes do partido, levantando bandeiras brancas e vermelhas do PS e também da Região Autónoma da Madeira, bem como sobras das gerberas distribuídas na ação de campanha realizada esta manhã.
“É preciso que as pessoas percebam que, se não querem o PSD, se não querem o PSD a governar na Madeira, não podem votar nesses partidos, porque votar nesses partidos é continuar tudo na mesma. A diferença quem vai fazer somos nós, é o Partido Socialista, com um voto que vai significar o virar de página na nossa região”, afirmou, referindo haver já um entendimento pré-eleitoral entre PSD, CDS e Chega.
O também líder regional socialista agradeceu o “apoio incondicional” de Pedro Nuno Santos ao PS/Madeira e considerou que o presidente do PSD e atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, “tem vergonha de Miguel Albuquerque”, atual presidente do Governo Regional e novamente candidato, “e é por essa razão” que não vai à campanha.
Luís Montenegro, acrescentou, “não põe os pés” na região desde as eleições de 24 de setembro de 2023, quando pensava que “o PSD teria uma vitória esmagadora, que não teve”, e a partir daí “instalou-se uma instabilidade na Madeira, instabilidade criada pelo PSD e ampliada pelo próprio PSD”.
“Miguel Albuquerque está descredibilizado e está isolado - está para os madeirenses e para os porto-santenses, está no seu partido a nível regional, está no seu partido a nível nacional. E é preciso dizer que, se Miguel Albuquerque continuasse como presidente do governo, que não vai continuar, não tem capacidade negocial para, com o primeiro-ministro, defender a Madeira e defender os madeirenses, porque já ninguém lhe liga”, criticou.
Confiante no resultado eleitoral, Paulo Cafôfo expressou ainda “vergonha alheia” pelos 48 anos de governação do PSD na Madeira e lembrou que, segundo um relatório oficial conhecido esta semana, o arquipélago tem a maior taxa de risco de pobreza do país, criticando Albuquerque por dizer que “é normal” e por estar “conformado com a pobreza dos madeirenses”.
“Teremos um Governo Regional, pela primeira vez, do Partido Socialista, um Governo Regional que quer e vai governar para as pessoas, com as prioridades certas e as soluções adequadas para os problemas que se arrastam há demasiado tempo”, assegurou, apresentando medidas para a habitação, educação, saúde, agricultura e pescas, transportes e mobilidade.
No final do comício, Paulo Cafôfo (que em 2019 conseguiu o melhor resultado do PS/Madeira em regionais, com 19 deputados) voltou a receber os parabéns, já que celebra hoje 53 anos, mas, desta vez, com bolo e velas.
Catorze candidaturas disputam nas regionais antecipadas de 26 de maio os 47 lugares no parlamento regional: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
Em 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta, com 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.
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