“Na sequência da vistoria efetuada no dia 11 de setembro, e identificada a situação de risco elevado, foi notificada a instituição, Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Cacilhas, da necessidade imediata da desocupação do edifício, com retirada de pessoas e bens”, adiantou a autarquia, numa resposta escrita enviada à Lusa.

Segundo a mesma nota, a visita foi efetuada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e pela Direção Municipal de Mobilidade e Urbanismo, que concluiu sobre a “necessidade do encerramento imediato”.

A Lusa recebeu também a informação de um cidadão, que alega que o centro paroquial apenas notificou os idosos e crianças para ficarem em casa, enquanto os trabalhadores continuam a apresentar-se ao serviço.

A este propósito, a Câmara de Almada frisou que “cabe à instituição, de cariz particular e autónoma, fechar o edifício e comunicar a todos, garantindo que ninguém permanece no local ou envolventes até que sejam criadas condições para tal”.

Além disso, explicou que a ordem de encerramento permanece “até que demais intervenções sejam realizadas para que posteriormente sejam concluídas análises futuras”.

A Lusa tentou contactar o centro paroquial para perceber que medidas serão tomadas e quantos utentes frequentavam a instituição, mas até ao momento não foi possível obter declarações.

O Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Cacilhas situa-se no Cais do Ginjal, uma zona que, segundo a autarquia liderada por Inês de Medeiros (PS), tem previsto um plano de pormenor que está atualmente ”em fase final pós discussão pública”.

O Cais do Ginjal, que compreende uma frente ribeirinha superior a 80 mil metros quadrados, possui uma área de um quilómetro de extensão de ligação ao Tejo.

Em 2017, o anterior executivo do município de Almada, liderado por Joaquim Judas (CDU), apresentou um Plano Pormenor para o Cais do Ginjal, que previa a requalificação de oito hectares, a construção de 330 novos fogos e de um silo automóvel com capacidade para 500 veículos.