Para o presidente da Câmara, Ricardo Rio, eleito numa coligação liderada pelo PSD, o orçamento “assume um conjunto de medidas que visam dar resposta aos desafios da sustentabilidade ambiental e materializam iniciativas de apoio social articuladas aos recursos disponíveis, para ajudar as famílias a enfrentar crises de origem diversa”.
“Estes instrumentos de gestão concretizam um conjunto de projetos e ações fundamentais para a prossecução do desenvolvimento do concelho, de forma a afirmar Braga como Capital de Cultura, mas também a inovar e reforçar respostas sociais e educativas, a liderar nas políticas de sustentabilidade, a promover uma comunidade ativa e saudável e a melhorar a rede de acessibilidades rodoviárias e a qualificar o espaço público”, considera Ricardo Rio.
O PS, pela voz do vereador Hugo Pires, diz, desde logo, que o orçamento para 2023 merece o voto contra do partido por ter “a maior receita fiscal de sempre, mais de 55 milhões de euros”, e “ultrapassar pela primeira vez os 100 milhões de euros de despesa corrente”, ao mesmo tempo que “o peso das transferências para as freguesias é o menor de sempre”.
Critica ainda os 27 milhões de euros que constam para “aquisição de serviços”, uma rubrica em que, segundo diz, “encaixa quase tudo”.
“É um orçamento muito pouco transparente”, considera Hugo Pires.
O socialista acrescenta que o plano de atividades para 2023 é um ‘copy paste’ dos anteriores, “adicionando novas promessas, que sistematicamente ficam por cumprir”.
A vereadora da CDU, Bárbara Barros, afirma que o plano e orçamento revelam que a maioria que governa a Câmara “continua a optar por não dar resposta a questões fundamentais para o concelho, com visíveis sinais de estagnação e incapacidade de realização.
Para justificar o voto contra, a comunista considera ainda que a maioria “continua refém de uma abordagem economicista das opções políticas”.
Ricardo Rio contrapõe que o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2023 “incorporam diversas políticas setoriais de sucesso que são a imagem de marca da gestão municipal ao longo dos últimos anos e concretizam ambições cuja delicada maturação e desenvolvimento foram trabalhados de forma responsável e persistente, ao longo dos anos mais recentes”.
Diz que o orçamento apresenta também “um reforço nas transferências para as juntas de freguesia em mais de um milhão de euros para delegação de competências e investimentos, perfazendo um valor total de transferências superior a nove milhões de euros”.
Sublinha que, para 2023, estão previstos “projetos transformadores” para Braga, como a requalificação do Túnel da Avenida, juntamente com a Avenida da Liberdade, um “eixo central da cidade e que carece desta obra já há algum tempo”.
“Não havendo nenhum imprevisto legal e ou administrativo, em 2023 haverá em condições para avançar com a requalificação da antiga Fábrica da Confiança para uma residência universitária”, acrescenta.
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