“Os salários dos motoristas da CML são os salários da função pública. Tabelados por lei sejam assistentes operacionais (motoristas e outros), assistentes técnicos ou técnicos superiores”, disse à Lusa fonte da autarquia.

Os motoristas da Câmara Municipal de Lisboa cumpriram hoje o primeiro de três dias de greve contestando o ordenado mínimo auferido dada a especificidade do seu trabalho, disse à Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas.

O coordenador sul do Sindicato Nacional dos Motoristas, Manuel Oliveira, avançou que houve “algumas tentativas de desmobilizar a luta por parte de terceiros”, mas que, ainda assim, e não dando números da adesão, adiantou que “pararam alguns” dos cerca de 60 motoristas camarários que se encontram na zona dos Olivais, em Lisboa.

“O grande motivo do descontentamento dos trabalhadores é o facto de existirem motoristas a receberem o salário mínimo nacional, o que é uma vergonha, com todo o respeito para as outras categorias profissionais”, frisou.

O líder sindical acrescentou ainda que o problema inicial que levou à marcação da greve até 09 de dezembro, foi a falta de estacionamento camarário.

Os cerca de 60 motoristas camarários vão deixar de ter estacionamento para viaturas próprias, já que a autarquia decidiu criar um corredor de bicicletas e instalar parquímetros na zona onde os trabalhadores estacionam.

A Câmara Municipal de Lisboa explica que os motoristas que trabalham à noite estacionam dentro das instalações, “como sempre estacionaram e nunca houve problemas”.

“Durante o dia, como noutras instalações da cidade, os lugares disponíveis da CML nunca foram os suficientes. A zona é servida de transportes públicos (Carris e Metro) em tudo semelhante ao que se passa nos Paços do Concelho e no edifício do Campo Grande, onde trabalham centenas de funcionários”, acrescenta a autarquia, explicando que do pré-aviso de greve do sindicato não constava nenhuma reivindicação quanto ao estacionamento.

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