A moção, que foi votada favoravelmente por todas as forças políticas, com exceção do PSD, que se absteve, exorta "o Governo, através do Ministério da Educação, a proceder com a máxima urgência à conclusão das obras de requalificação da Escola Artística António Arroio".
O vereador da Educação, Manuel Grilo (BE), que tem um acordo para o governo do concelho de Lisboa com o PS, também subscreveu a moção, considerando "um escândalo" a forma como as obras foram interrompidas a meio naquele estabelecimento de ensino, em 2009.
A escola onde estudaram Mário Cesariny, Júlio Pomar ou Joana tem espaços em estaleiro, que estão interditos, onde as obras foram interrompidas, e não tem cantina.
O PSD, através do vereador João Pedro Costa, levantou também a questão da educação em Lisboa, com moções contra a falta de pessoal não docente e pedidos de informação sobre a situação de obras em curso nas escolas.
"Mais de dez escolas estão em obra, com mais de 365 dias de atraso", apontou João Pedro Costa.
O vereador social-democrata quer saber quantos alunos estão a ter aulas em pré-fabricados e quantas dessas estruturas estão montadas em escolas da capital que estão a ser alvo de obras.
Manuel Grilo respondeu que os atrasos nas obras "devem-se a imposições legais decorrentes dos processos de contratação pública ou a processos com os empreiteiros".
No mesmo sentido, respondeu que a Carta Educativa do concelho está a "sofrer um atraso significativo" devido a novas exigências legais que deve incorporar.
Na reunião de hoje, Manuel Grilo apresentou uma saudação ao Dia Internacional da Mulher e à "greve feminista do 8 de Março", referindo as manifestações marcadas para Lisboa e pelo país.
A saudação foi aprovada com a abstenção do PCP e do CDS-PP e os votos favoráveis das restantes forças políticas, tendo a vereadora da Habitação, Paula Marques (Cidadãos por Lisboa, eleita na lista do PS), pedido para subscrever o documento.
A câmara aprovou também uma moção apresentada pelo PCP de saudação do Dia Internacional da Mulher, "como uma jornada de comemoração mas também de homenagem à luta pelos direitos das mulheres, em Portugal e no mundo".
O vereador comunista Jorge Alves argumentou que o PCP não podia votar favoravelmente o texto apresentado pelo BE, considerando que o movimento pelos direitos das mulheres é mais vasto do que os movimento feministas, referidos na saudação dos bloquistas, assim como recusa a menção à Rede 8 de Março, pela defesa que esta organização faz da regulamentação da prostituição.
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