“Registaram-se 338 entradas na plataforma, com registos de 188 proprietários distintos, dando origem a 177 candidaturas concluídas para arrendamento. Destas 177 casas a alugar pela autarquia, 45 são provenientes do alojamento local e 83 são casas mobiladas”, indicou a Câmara Municipal de Lisboa, num balanço da primeira consulta ao mercado do programa Renda Segura, que terminou na sexta-feira.

Através do Renda Segura, a Câmara Municipal de Lisboa pretende arrendar casas a proprietários privados e as subarrendar no Programa de Renda Acessível, em que os contratos têm de ser duração igual ou superior a cinco anos.

No primeiro concurso do Renda Segura foram apresentadas candidaturas de imóveis em todas as 24 freguesias da cidade de Lisboa, com especial incidência em Santa Maria Maior (21 imóveis), São Vicente (21), Ajuda (13) e Arroios, Beato e Penha de França (10 cada freguesia), revelou a autarquia.

Em termos de tipologia dos 177 imóveis a arrendar, a maioria são T2, com 72 casas, seguindo-se T1, com 42 habitações, T3 (36), T0 (15), T4 (11) e T5 (01), segundo os dados avançados pela Câmara Municipal de Lisboa (CML).

“O valor médio da renda solicitada à CML foi de 723 euros”, informou a autarquia, acrescentando que, das 177 candidaturas concluídas para arrendamento, já foi feita a vistoria a 78 casas e estão agendadas mais 45.

De acordo com a CML, a negociação de renda já foi feita “com mais de 60 proprietários”, seguindo-se a próxima fase que é de conclusão dos contratos com os proprietários para colocar estes fogos no próximo Programa de Renda Acessível.

Neste âmbito, a autarquia pretende abrir o próximo concurso de Renda Acessível “ainda durante o mês de julho”, integrando já as casas arrendadas a proprietários privados no Renda Segura.

Em comunicado, a CML lembrou que o primeiro concurso da Renda Acessível, terminado em janeiro deste ano, garantiu 120 casas a jovens e famílias da classe média, com rendas nunca superiores a 30% do rendimento líquido dos candidatos.

Num artigo de opinião, publicado no sábado no jornal The Independent, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), defendeu a prioridade de ter "habitação acessível para trabalhadores de hospitais, transportes, professores e milhares de outras pessoas que disponibilizam serviços essenciais", oferecendo-se para pagar aos proprietários para transformar milhares de imóveis em arrendamento de curto prazo em casas de "renda segura".

“Depois do coronavírus, Lisboa vai livrar-se dos Airbnbs e transformar os arrendamentos de férias de curta duração em casas para trabalhadores essenciais", era o título do artigo de opinião, que foi hoje atualizado para “Lisboa está a substituir alguns Airbnbs”.

Em consequência do título inicial, a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) exigiu hoje um esclarecimento da Câmara Municipal de Lisboa sobre a intenção de acabar com alojamento local na capital para o transformar em casas para trabalhadores, no âmbito da pandemia da covid-19.

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