“Antes do próximo verão, teremos medidores de ruído nos bares, como existem no Bairro Alto, em Lisboa, porque não queremos prejudicar nem quem vive na Ericeira, nem quem aí trabalha”, afirmou Hélder Sousa Silva, na reunião pública de câmara.
Um grupo de cinco moradores da Ericeira esteve hoje presente na reunião de câmara, depois de terem ido à última assembleia municipal, em setembro.
Os habitantes alertaram que se mantém o problema do ruído excessivo, provocado pelos bares e discotecas da vila.
O município já tinha reduzido em uma hora o horário de encerramento dos bares localizados em edifícios habitacionais ou a menos de 50 metros de habitações, durante o período de verão.
A autarquia obrigou também os proprietários dos bares a reduzir os amplificadores de som à 01:00, proibiu o funcionamento de esplanadas depois das 02:00 e sensibilizou-os a colaborar com as autoridades sempre que se verifique barulho dos clientes nas ruas.
Se os medidores de ruído “não resolverem o problema, estaremos cá para aplicar uma medida mais gravosa”, garantiu hoje o autarca aos habitantes.
A situação de ruído “exagerado” arrasta-se há quatro anos e agravou-se desde que, em 2016, o posto da GNR foi deslocalizado do centro da vila para junto do acesso à autoestrada A21. “Este ano foi para esquecer”, lamentou na altura, em declarações à agência Lusa, Lídia Mano, habitante na Rua dos Ferreiros.
“É insuportável. As janelas estremecem [com o som]. Até às 02:00 temos o barulho oriundo de dentro dos bares e das esplanadas. Depois de fecharem, muitos clientes ficam [na rua] até às 03:00 e fazem barulho”, explicou esta moradora.
Relatos semelhantes foram feitos por José Ferreira, da mesma rua, e por José Gonçalves, residente na Travessa dos Ferreiros.
Além do barulho, os moradores queixaram-se de que os clientes dos estabelecimentos de diversão noturna deixam as ruas e o ‘chafariz dos golfinhos’ sujos, por aí vomitarem, deitarem copos e beatas, urinarem ou até defecarem.
No verão, os problemas relatados ocorrem diariamente, enquanto de inverno se registam sobretudo nas noites de sexta-feira e sábado.
Vários moradores têm denunciado a situação à GNR, Junta de Freguesia da Ericeira e à Câmara Municipal de Mafra.
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