“É uma USF que vai ficar muito bem localizada, muito perto do hospital de Torres Novas, e que vem reforçar a assistência médica no concelho, dispondo de condições modernas que permitem também melhorar a eficácia” do serviço, quer a utentes quer aos profissionais de saúde, disse hoje à Lusa o presidente do município, Pedro Ferreira (PS).

O autarca afirmou que a candidatura aprovada a 100% sobre os dois milhões de euros de investimento, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), deixa os responsáveis autárquicos “mais tranquilos” relativamente ao sistema de saúde concelhio, com a futura USF a permitir aumentar o número de médicos a prestar assistência no dia a dia.

“Este novo equipamento de saúde irá permitir o alargamento da equipa dos atuais cinco médicos de Medicina Geral e Familiar para oito, incrementando a capacidade de atendimento em cerca de 40%, considerando os 8.500 utentes atuais”, indicou.

A adjudicação da empreitada de ‘Construção da Unidade de Saúde Familiar Cardilium – Torres Novas’ à empresa Nov Pro Construções S.A., pelo valor de 1 milhão e 948 mil euros, acrescido de IVA, foi aprovada na quinta-feira em reunião de executivo, tendo sido definido um prazo de execução de 550 dias.

A nova Unidade de Saúde Familiar (USF) ficará localizada na Avenida Xanana Gusmão, junto ao Hospital Rainha Santa Isabel, com uma capacidade prevista para 14 mil utentes, com o projeto a envolver uma parceria tripartida.

A Câmara de Torres Novas vai ceder parte do Mercado Municipal para instalação da Unidade de Saúde Familiar, responsabilizando-se pelas obras de adaptação, aprovadas em sede de PRR, enquanto a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) equipará a unidade.

A cedência permitirá que a nova unidade (USF) fique próxima de transportes, comércio e serviços, ao mesmo tempo que irá “contribuir para a revitalização e dinamização da vida urbana de Torres Novas e para a obtenção de ganhos em saúde pela população de Assentis, Brogueira, Chancelaria, Pedrógão, União das Freguesias de São Pedro, Lapas e Ribeira, União das Freguesias de Santa Maria, Salvador e Santiago – cerca de 14.000 pessoas”, indicou o município.

Em nota informativa, a autarquia deu conta que “o edifício será caracterizado por uma ala dupla de gabinetes de observação e consulta que se dispõe paralelamente à Avenida Xanana de Gusmão e a outra, perpendicular à anterior, constituída por uma ala simples de um corredor, dando acesso a gabinetes e salas de tratamento”, com “um segundo corredor de acesso restrito aos funcionários e agentes de saúde a integrar todos os compartimentos e células de apoio, bem como instalações sociais destinadas aos funcionários”.

Segundo se pode ler na descrição do edifício, é assegurado que “toda a conceção irá responder às exigências de acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada e tem incorporadas soluções passivas para responder a condições de conforto térmico, iluminação e eficiência energética, quer ainda pelas soluções construtivas adaptadas em matéria de isolamento térmico e acústico”.

No que diz respeito ao estacionamento, encontra-se prevista uma capacidade de 67 lugares, sendo três afetos a pessoas com mobilidade condicionada, que se localizam na zona mais próxima da entrada, e dois estacionamentos reservados exclusivamente a ambulâncias, para além da reserva de um lugar para paragem nas manobras de carga e descarga de pacientes.

A USF Cardilium integrará a Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo, que serve a população de 10 concelhos do distrito de Santarém (Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha) e um do distrito de Castelo Branco (Vila de Rei).