Zavala afastara-se do partido de que foi durante muito tempo militante, o conservador Ação Nacional, e reuniu os requisitos para uma candidatura independente, mas as sondagens atribuíam-lhe intenções de voto de apenas um algarismo, muito atrás dos três principais candidatos.

A candidata desistente, mulher de Felipe Calderón, que foi Presidente entre 2006 e 2012, anunciou o abandono da corrida presidencial num programa gravado para transmissão hoje à noite, mas não expressou apoio a qualquer dos outros candidatos ao cargo.

“Vou retirar a minha candidatura de acordo com o princípio da honestidade política e um sentido de congruência, mas também para libertar as pessoas que tão generosamente me apoiaram, para que possam tomar a decisão que precisam de tomar nesta difícil corrida”, declarou Margarita Zavala na entrevista gravada à estação Televisa.

O instituto eleitoral do país já tinha começado a imprimir o material de voto para o escrutínio de 01 de julho, pelo que o nome de Zavala deverá manter-se no boletim.

Margarita Zavala afastou-se do Ação Nacional em parte porque o partido formou uma aliança direita-esquerda com o Partido da Revolução Democrática para apoiar o candidato da coligação, Ricardo Anaya.

Anaya, que as sondagens posicionam em segundo lugar nas intenções de voto, andava a ‘cortejar’ os apoiantes de Zavala e após o anúncio dela ter sido conhecido, descreveu-a na sua conta da rede social Twitter como “uma mulher corajosa, com princípios”.

“Os seus contributos para o país, e para esta corrida em particular, foram muito valiosos. Todo o meu reconhecimento para ela e a sua equipa”, escreveu Anaya.

Contudo, divergências entre Zavala e Anaya fazem duvidar de que todos, ou mesmo a maioria dos apoiantes da candidata independente, transfiram os seus votos para Anaya.

Quatro candidatos continuam agora na corrida, e as sondagens indicam que o candidato de esquerda Andrés Manuel Lopez ocupa a dianteira, com uma margem confortável.