O candidato liberal apoiado pelo primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, obteve 31,36% dos votos nas eleições presidenciais de domingo, enquanto o candidato nacionalista, Karol Nawrocki, apoiado pela oposição ultraconservadora, obteve 29,54% dos votos.

Os dados confirmam também uma elevada taxa de participação dos cidadãos, de 69,71%, sendo que o caminho está agora aberto para a reta final que colocará o liberal e governista Trzaskowski contra o conservador Nawrocki, apoiado pelo partido ultraconservador e nacionalista Lei e Justiça (PiS), que governou de 2015 a 2023, na segunda volta, a 1 de junho.

O vencedor vai suceder ao conservador Andrzej Duda, que atingiu o limite de mandatos.

Rafal Trzaskowsk, 53 anos, é oriundo de uma família de intelectuais de Varsóvia e europeísta assumido.

Conquistou a Câmara de Varsóvia em 2018 e foi reeleito no ano passado, após ter perdido por pouco a corrida para a presidência contra o atual chefe de Estado.

Karol Nawrocki, um historiador nacionalista de 42 anos apaixonado pelo submundo do crime, é um admirador do Presidente norte-americano, Donald Trump, de quem recebeu a previsão de que iria vencer.

Durante a campanha, pediu que fossem realizados controlos na fronteira com a Alemanha para impedir a entrada de migrantes, que alegou estarem ser rejeitados por aquele país, e exigiu que Berlim pague reparações à Polónia pela Segunda Guerra Mundial.

A partir deste ano, começou a dirigir o Instituto da Memória Nacional polaco, que investiga crimes nazis e comunistas.

Após alguma ambiguidade sobre a invasão da Ucrânia, defendeu a rutura das relações diplomáticas com a Rússia, “um Estado bárbaro, cruel e que devia ser isolado”.