Em debate na RTP/Açores, os candidatos abordaram temas como a orientação política recente do partido, a sucessão de Duarte Freitas, as eleições europeias e legislativas de 2019, e os mais de 20 anos consecutivos de governação socialista da região.
Por "dever de consciência", Pedro Nascimento Cabral diz que se candidata para "recolocar o PSD na oposição ao PS", sinalizando que estaria "caladinho" se a orientação política atual fosse certeira.
"Se esta direção política desse vitórias ao PSD, eu estaria caladinho", vincou, acrescentando que o PSD/Açores "não pode ter um presidente em 'part-time'", numa referência ao opositor, autarca da Ribeira Grande.
Alexandre Gaudêncio criticou por sua vez o que diz ser o "discurso faccionário" de Nascimento Cabral, que "está contra os que deram a cara pelo partido" nos anos recentes.
"Alguém que quer ser líder e unificar não pode ter esta atitude", condenou Alexandre Gaudêncio, que disse ter uma candidatura "de pontes e união" interna.
No que se refere às eleições europeias e legislativas de 2019, ambos partilham o mesmo objetivo: um lugar "que dignifique os Açores" em Bruxelas e a eleição de pelo menos três deputados à Assembleia da República.
Nascimento Cabral foi questionado sobre uma eventual candidatura do histórico social-democrata Mota Amaral nas europeias e respondeu: "Se houver convite formal a Mota Amaral, o PSD/Açores só se pode congratular com essa decisão".
A governação socialista da região, que no final desta legislatura atingirá 24 anos, foi também ponto em comum dos candidatos, com ambos a advogarem a necessidade de tirar o poder ao PS.
Gaudêncio e Nascimento Cabral são os candidatos para suceder a Duarte Freitas na liderança do PSD/Açores e ambos têm a esperança de recuperar o ciclo de vitórias que se perdeu com a saída de Mota Amaral da cena política regional, há 23 anos.
O atual líder regional do partido, Duarte Freitas, disse que não se recandidatava por “falta de condições pessoais e familiares”.
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