Em declarações aos jornalistas à entrada para o Conselho de Agricultura, Luís Capoulas Santos indicou que um dos principais pontos em agenda será a “avaliação das crises de mercado que têm atingido a UE nos últimos tempos”, no contexto da qual aproveitará a “oportunidade para introduzir um novo tema, que é a questão da seca”, que muito preocupa o Governo português, e naturalmente todos os portugueses,” porque a situação que se vive é uma situação cada vez mais difícil, particularmente para a pecuária”.
“Temos dado algumas respostas e apoios financeiros, designadamente para a captação e transporte de água, mas coloca-se cada vez com mais premência o problema da alimentação animal”, indicou.
Apontando que já foram conseguidas “algumas derrogações importantes, a mais importante delas a possibilidade de, este mês ainda, adiantar pagamentos de cerca de 400 milhões de euros, para desta forma dar algum alívio de tesouraria aos agricultores e aos produtores pecuários em particular”, o ministro disse que o seu objetivo hoje “é sensibilizar a Comissão e o Conselho da necessidade de ir um pouco mais além no apoio solidário da UE”.
“Eu gostaria muito que a União Europeia pudesse avançar com um apoio para a alimentação animal, que neste momento é o problema que mais preocupa o Governo, e, mais que o Governo ainda certamente, os produtores que vivem duramente esta situação”, disse.
Recordando que o comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, estará na próxima quinta-feira em Portugal, Capoulas Santos acrescentou que também aproveitará essa oportunidade “para o sensibilizar ainda mais para algumas medidas de apoio aos produtores pecuários”.
O ministro disse ainda ser sua intenção “introduzir no sistema de seguros português a questão da seca, que deles está excluída”.
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