Argentina, Brasil, México e Colômbia, entre outros países, consideraram que há uma rutura constitucional na Venezuela e manifestaram preocupação com decisão das autoridades de Caracas de proibirem o dirigente da oposição Henrique Capriles Radonski de exercer cargos políticos durante 15 anos.
"Tirem o nariz da Venezuela (...), não têm nada que se pronunciar sobre o nosso país", disse a ministra venezuelana de Relações Exteriores, Delcy Rodriguez, que afirmou dirigir-se "a esses governos da direita regional que estão a promover uma intervenção" na Venezuela e se pronunciam continuamente sobre os "assuntos internos" de Caracas.
Segundo a ministra, a maioria dos venezuelanos apoia o Presidente do país, Nicolás Maduro, e não as "forças violentas que pretendem derrubar o Governo legítimo" da Venezuela, "simplesmente para satisfazer os interesses de Washington" e "as ordens que lhes dão desde os Estados Unidos".
Delcy Rodríguez falava aos jornalistas à margem de uma reunião com representantes dos sindicatos do Uruguai, em Caracas.
"Condenamos e protestamos energicamente pela posição transmitida pela Colômbia e dizemos: vejam a vossa própria realidade, em que há violação massiva dos Direitos Humanos, em que assassinam dirigentes agrícolas", disse a ministra.
Delcy Rodriguez recomendou também ao México que "veja a sua própria realidade em vez de estar, de maneira imoral, a imiscuir-se nos assuntos internos de Venezuela".
Em relação ao Brasil, questionou como é que "um governo que fez um golpe de Estado contra uma Presidente [Dilma Roussef] eleita por mais de 54 milhões de brasileiros pretende dar lições de democracia".
A ministra instou também o Governo de Maurício Macri, na Argentina, a não promover "ações de ingerência" na Venezuela.
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