A informação foi publicada por Carlos Bolsonaro, terceiro filho do Presidente brasileiro nas redes sociais, em resposta a uma reportagem da Globo, difundida na terça-feira, que informou que um dos suspeitos de participar no homicídio de Marielle Franco esteve no condomínio de Jair Bolsonaro, em 14 de março de 2018, dia em que o crime ocorreu.
Num vídeo gravado hoje, o filho do chefe de Estado reproduz o arquivo de áudio alegadamente obtido do computador da portaria do condomínio, que comprovaria que o suspeito de matar Marielle Franco terá ido ao local, mas foi autorizado a entrar por alguém na residência 65 e não na habitação de Jair Bolsonaro, a casa 58.
Na legenda que acompanha o vídeo, Carlos Bolsonaro escreveu: “A Globo, sabendo dos factos e podendo esclarecê-los, preferiu levantar suspeitas contra o Presidente e alimentar narrativas criminosas. Um simples acesso aos registos internos do condomínio mostra que no dia 14/03/2018 nenhuma solicitação de entrada foi feita para a casa 58″.
Um porteiro do condomínio, citado pela reportagem da Globo, disse que o suspeito, o ex-polícia Élcio Queiroz, já formalmente acusado de ter sido um dos autores materiais do crime, afirmou à entrada que queria visitar Jair Bolsonaro, então deputado federal.
Segundo a mesma fonte, alguém de casa de Bolsonaro autorizou a entrada, mas Élcio Queiroz acabou por dirigir-se à residência de Ronnie Lessa, acusado de balear Marielle Franco horas depois, naquele mesmo dia, e que vive no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro.
De acordo com os registos da Câmara dos Deputados brasileira, Jair Bolsonaro estava em Brasília em 14 de março de 2018.
O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que realiza uma viagem oficial à Arábia Saudita, negou na noite de terça-feira, numa tramsissão ao vivo na rede social Facebook que tenha participado ou que conhecia os suspeitos envolvidos no homicídio de Marielle Franco.
O chefe de Estado brasileiro declarou hoje que pediu ao ministro da Justiça do país, Sergio Moro, uma investigação sobre o depoimento do porteiro que citou o seu nome no inquérito.
Sergio Moro já apresentou junto da Procuradoria-Geral da República um pedido oficial para que esta investigação aconteça.
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