“Fico entristecido por ver o líder da oposição fazer hoje o que está a fazer pelo país fora, como se não percebesse nada do que se está a passar no nosso país, a exibir gargalhadas a propósito da possibilidade de greves gerais, falar de assuntos que em relação aos quais os portugueses têm um profundo divórcio e até nem querem ouvir mais falar”, disse Carlos César no Funchal.

O presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República iniciou hoje uma visita de três dias à Madeira, tendo o programa começado com a passagem num almoço promovido pela União Geral do Trabalhadores (UGT), que reuniu algumas dezenas de pessoas, num restaurante nos arredores do Funchal, assinalando o Dia do Trabalhador.

O responsável socialista sublinhou que “os portugueses necessitam é de alguém que ajude o Governo a construir aquilo que é urgente fazer”, ou seja, “a resolução dos problemas que dizem respeito às pessoas no dia a dia”.

“Ao contrário, vejo de modo sistemático o dr. Pedro Passos Coelho falar de assuntos colaterais, que lhe podem dar muita satisfação, que podem provocar as suas risadas, mas não interessam absolutamente nada aos portugueses e ao nosso país”, complementou.

Carlos César sublinhou que a comemoração do 1.º de Maio acontece numa altura em que a taxa de desemprego desceu para os 9,9% em Portugal e que o Governo se confronta “com a necessidade de fazer mais pelas condições de vida e de trabalho dos cidadãos portugueses”.

O responsável apontou, ainda, ser preciso “apelar à paciência”, salientando que esta pode “contemporizar com a certeza” de que está a ser feito “um percurso de valorização dos trabalhadores portugueses, de consolidação do rendimento das famílias, de dinamização da economia e de boas oportunidades para todos no futuro”.

Carlos César destacou o esforço que tem sido feito para acabar com a precariedade laboral – que classificou de “desafio muito relevante” – e os “progressos assinaláveis no domínio do aumento do salário mínimo nacional que atingirá os 900 euros em 2019″, bem como as medidas tomadas que provocaram o aumento do rendimento das famílias, que “nos últimos anos o Governo PSD/CDS tinha diminuído quase 7%”.

“Estamos a caminhar no sentido positivo, sendo certo que são muitas ainda as tarefas que temos de fazer, seja na função pública, seja no âmbito da legislação laboral”, sustentou.

Carlos César e outros responsáveis pela bancada do PS na Assembleia da República vão, também, marcar presença na iniciativa da União dos Sindicatos da Madeira (USAM), afeta à CGTP-IN, para assinalar o Dia do Trabalhador, tendo o responsável considerado que “o movimento sindical é fundamental” e “a presença sindical ajuda ao equilíbrio nas relações de trabalho”.