“Aquilo que falta muito no nosso país é a audácia para fazer coisas, não ter medo de fazer coisas, de dizer coisas, não ter medo dos outros, não ter medo da hierarquia e não ter medo do sistema que está à nossa volta”, afirmou o autarca do PSD, em Fátima, no concelho de Ourém, distrito de Santarém.
Carlos Moedas exemplificou com a ideia de Lisboa ser a capital da inovação e trazer para a capital a Fábrica dos Unicórnios, “ideia que até foi ridicularizada” por alguns. “Atraímos 12 unicórnios. Tínhamos sete em Portugal. Por que é que vieram? Porque alguém, e uma equipa, tiveram a audácia de não ter medo de os ir buscar”, frisou.
O autarca defendeu que a liderança política moderna deve assentar em três pilares, aqueles que também o regem: impacto, intimidade e inspiração.
“Esta maneira de fazer política é muito diferente da maneira antiga. Os jovens afastam-se da política porque não veem o concreto. Andamos há seis meses a discutir habitação. Porque é que as pessoas não se interessam? Porque nada é concreto. O político antigo quer resolver o problema através da ‘partidarite’ e o problema da habitação não se resolve dessa maneira, resolve-se com muitas soluções, mas concretas. Esse impacto, esse concreto na liderança de hoje é importantíssimo. Os líderes de hoje têm de ter impacto imediato”, sublinhou o presidente da Câmara de Lisboa.
O autarca defende ainda a intimidade, “diferente de proximidade”. “Intimidade é trabalhar com as pessoas. Proximidade é ser simpático, e depois, nunca mais temos uma relação. A intimidade que comecei a criar em Lisboa vem da criação de um conselho de cidadãos”, revelou, referindo que está junto aos cidadãos e em conjunto encontram soluções.
“O terceiro pilar da liderança é a inspiração. O mundo digital torna-nos mais emocionais. Precisamos de sentir que temos alguém que nos inspire e nos diga ou nos transmita que conseguimos chegar mais longe”, explicou Moedas.
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