A antiga “número dois” do governo de Hong Kong venceu as eleições à primeira volta com 776 votos, enquanto o ex-secretário para as Finanças John Tsang e o juiz jubilado Woo Kwok-hing alcançaram 365 e 21 votos, respetivamente.

A maioria dos cerca de 3,8 milhões de eleitores de Hong Kong não pode votar no líder da cidade, cuja eleição coube a um colégio eleitoral.

Para ser eleito chefe do Executivo à primeira volta um dos três candidatos necessitava de pelo menos 601 votos dos membros do colégio eleitoral, o qual é formado por representantes de vários setores, que vão desde a agricultura, educação, medicina tradicional chinesa até ao imobiliário, entre outros.

O campo pró-Pequim domina a maioria dos lugares que compõe os 1.194 membros do colégio eleitoral, enquanto a ala pró-democrata detém cerca de 300 assentos. Grande parte dos grupos políticos ligados ao campo pró-democrata manifestou nas últimas semanas o seu apoio ao candidato John Tsang.

Um menor número desta ala deu o seu apoio ao candidato Woo Kwok-hing, enquanto outros mais radicais, incluindo os ativistas que emergiram para a cena política nos protestos pró-democracia de 2014 e que são conhecidos como ‘localists’, apelaram ao voto em branco.

Esta é a primeira eleição para o chefe do Executivo desde as manifestações pró-democracia que paralisaram várias zonas da cidade durante 79 dias em 2014.

Ativistas pró-democracia protestaram esta manhã por as zonas designadas no exterior estarem localizadas muito longe da entrada do local da votação, gerando momentos de caos enquanto decorria a votação e contagem dos votos, informou a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).

Munidos com cartazes e guarda-chuvas amarelos — o símbolo dos protestos de 2014 conhecidos como ‘Umbrella Revolution’ –, manifestantes pró-democracia continuaram os protestos contra a forma como o líder de Hong Kong é eleito, depois de no sábado terem protagonizado uma marcha pelas ruas da cidade.

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