Segundo a BBC, em Nova Iorque já é possível casar remotamente. O governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, assinou um decreto que permite casamentos online, já que muitas celebrações estão a ser canceladas pelas restrições devido à pandemia do novo coronavírus.
A decisão foi tomada depois de o estado de Nova Iorque ter estendido as medidas de bloqueio até 15 de maio.
Cuomo brincou com a situação e disse que a nova medida significa que agora não há desculpa para os casais "não darem o nó".
"Cerimónias de casamento em vídeo. Agora não há desculpa quando surge a questão do casamento. Não há desculpa", disse Cuomo. "Agora é possível fazer isso com o Zoom, não é?".
Contudo, a decisão não foi bem vista por todos. Nas redes sociais, algumas pessoas questionaram o porquê de os casais optarem por se casar quando as suas famílias e amigos não se conseguem juntar no momento importante e outros criticaram o governador por não dar prioridade a outras decisões que poderiam ser mais importantes.
Por outro lado, houve também quem apontasse que esta medida, em tempo de pandemia, pode ser uma forma de os casais terem alguns benefícios, como é o caso da partilha do seguro de saúde.
Nova Iorque não é o primeiro lugar onde se estabelecem casamentos através da Internet. Os Emirados Árabes Unidos anunciaram recentemente que cidadãos e residentes podem casar online, depois de o Ministério da Justiça ter criado um site para os casais enviarem os documentos necessários. Medidas semelhantes foram introduzidas no estado americano do Colorado, onde os casais podem solicitar licenças de casamento online. Já em Ohio, é permitindo que as pessoas se casem pela Internet em circunstâncias específicas: quando um dos noivos é um profissional de saúde, sofre de uma doença grave ou tem algum problema relativo ao seguro de saúde.
Nos casos possíveis, começam já a surgir fotografias deste tipo de casamentos nas redes sociais, recorrendo à hashtag #ZoomWedding.
A pandemia do novo coronavírus já matou 181.234 pessoas e infetou mais de 2,6 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP.
Os países com mais óbitos são os Estados Unidos, com 1.105 novas mortes, o Reino Unido (759) e a França (544).
Os Estados Unidos, que tiveram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado do mundo em termos de mortes e de casos, com 45.950 óbitos em 835.316 casos.
Pelo menos 76.070 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades de saúde norte-americanas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são a Itália, com 25.085 mortes em 187.327 casos, a Espanha, com 21.717 mortes (208.389 casos), a França, com 21.340 mortes (155.860 casos) e o Reino Unido, com 18.100 mortos (133.495 casos).
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