O caso CTT está na ordem do dia em Portugal, devido à ordem que o Governo deu à Parpública para esta comprar ações dos Correios de Portugal, isto numa altura em que o contrato de concessão estava a ser negociado.
Esta quinta-feira, o ainda primeiro-ministro, António Costa, revelou que a única razão para o Governo ter mandatado a Parpública para comprar as ações, concretamente 0,24%, foi para evitar que o “Estado tivesse numa situação negocial em que pudesse estar contra a parede, sem nenhum alternativa”, isto se o contrato de de concessão do serviço postal não fosse renovado.
“Não iria ser fácil arranjar um concorrente num mercado com a dimensão de Portugal, em que o privado teria de investir para montar uma rede totalmente nova”, disse.
O novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que estava no Governo na altura desta decisão, também abordou esta situação e foi taxativo nas respostas que deu.
"Obviamente que sabia e obviamente que concordo com o que foi feito”.
Horas antes desta afirmação, Luís Montenegro, líder do PSD, remeteu contra Pedro Nuno Santos sobre este caso.
“Se o Dr. Pedro Nuno Santos não sabia, que é aquilo que ele diz, então, isto foi uma bandalheira completa. Está tudo, de facto, a brincar com coisas sérias. Não é possível. O Governo deve dar respostas. Quando se diz que não é nada comigo. Vá falar com o fulano ali ao lado. Isto quer dizer que não sabe ou que não se tem explicação. Isto é uma bandalheira", salientou.
Pedro Nuno Santos não se coibiu depois de comentar estas declarações.
"[Governo de Passos Coelho] Fez uma privatização desastrosa, que lesou o interesse nacional, do Estado, dos portugueses. O PSD devia era estar preocupado em pedir desculpa pelo processo de privatização, em vez de estar preocupado com 0,24% de ações dos CTT", referiu.
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