“O que foi decido em mesa e coordenadores foi que iríamos dar 48 horas a Wilson Bicalho para poder apresentar o documento que recebeu da Ordem de Advogados para não prestar depoimento aqui na comissão e o pedido que fez para obter essa resposta da Ordem dos Advogados”, disse o presidente da comissão, Rui Paulo Sousa.

Rui Paulo Sousa falava aos jornalistas depois de a mesa e coordenadores da comissão parlamentar de inquérito às gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, se ter reunido, após os trabalhos terem sido suspensos.

“Se não for apresentado, consideramos avançar com uma queixa na Ordem dos Advogados e no Ministério Público por declarações falsas quando afirmou que tinha a declaração”, sublinhou, acrescentando que a comissão também pediu “à Ordem dos Advogados que confirme o pedido e que confirme que foi emitido a Wilson”.

O também deputado do Chega indicou que a comissão vai deliberar na próxima quarta-feira, antes da audição a Nuno Rebelo de Sousa, o levantamento do sigilo profissional e a possibilidade de Wilson Bicalho ser ouvido à porta fechada.

Sobre se os trabalhos de hoje serem retirados da ata, Rui Paulo Sousa disse que “não ficou decidido nada sobre isso” e que voltará a ser trazido à discussão.

Wilson Bicalho foi ouvido hoje na comissão de inquérito que decorre no parlamento e fez uma declaração inicial, mas recusou-se a responder a qualquer questão, alegando sigilo profissional. O advogado disse ter pedido um parecer à Ordem dos Advogados para que esse sigilo fosse levantado e que tal foi recusado.

Esta postura foi criticada pelos partidos e a audição foi suspensa ainda antes de acabar o tempo de inquirição do primeiro partido, o Chega, sem retomar hoje.