O Supremo Tribunal de Justiça reconheceu a Robert Murat o direito de ser indemnizado, uma vez que "a divulgação, em emissão televisiva, de que o autor frequentava 'sites' pedófilos e a designação do mesmo como 'britânico pedófilo' é, objectivamente, ofensiva do bom nome daquele, consubstanciando imputação grave que em nada beneficia o debate público acerca do desaparecimento de uma criança ou do fenómeno do abuso sexual de menores".

Acrescenta o tribunal que ficou demostrado que a atuação da estação de televisão de Queluz teve consequências graves na vida de Murat, "que era apontado e incomodado sempre que saía à rua; recebeu ameaças dirigidas a si e aos seus familiares; sofreu um desmaio, sentiu hipertensão, amnésia e insónia e procurou ajuda psiquiátrica; e passou a evitar sair à rua, a disfarçar-se quando o fazia e mudou de casa".

Assim, a TVI foi condenada a pagar 20 mil euros de indemnização a Murat.

A 03 de maio de 2007, Maddie de três anos, desapareceu do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos (mais novos) num apartamento de férias no Algarve.

No início da investigação a PJ chegou a constituir como arguido Robert Murat, britânico que vivia nas proximidades do Ocean Club e que havia participado nas buscas e sido intérprete da GNR e da PJ.

Em setembro os pais de Maddie, ambos médicos, são interrogados na PJ de Portimão e constituídos arguidos.

A 21 julho de 2008, o Ministério Público decidiu arquivar o inquérito e retirar o estatuto de arguidos ao casal McCann e a Robert Murat, ressalvando que o caso poderia ser reaberto caso surgissem "novos elementos de prova".