PP: Governo está "carregado de razão"
O coordenador-geral do PP, partido no poder em Espanha, Fernando Martínez-Maíllo, sublinhou que o executivo de Madrid está a cumprir a sua “obrigação” de devolver a legalidade.
Segundo o responsável, o Governo central conta com o apoio dos partidos PSOE e Cidadãos, que, juntamente com o PP, representam quase 75% dos eleitos no parlamento espanhol.
Maíllo também assinalou que o objetivo final destas medidas é a convocatória eleitoral na Catalunha, mas sublinhou que esta convocatória deve fazer-se precisamente dentro da legalidade constitucional e estatutária, e não fora desse quadro.
PSOE acusa independentistas de quererem "Brexit da Catalunha"
Falando aos militantes socialistas durante o congresso regional do PSOE em Múrcia, que coincidiu com o final do Conselho de Ministros espanhol extraordinário, Pedro Sánchez afirmou que a Espanha tem um histórico de autonomias regionais que não deve ser colocado em causa com o independentismo catalão.
São “40 anos de um processo de descentralização que fez com que a Catalunha seja a comunidade com maior autogoverno de Espanha e da Europa, algo que agora o secessionismo quer destruir”, afirmou Sánchez.
Podemos "em choque com suspensão da democracia" na região da Catalunha
O secretário para a Organização do Podemos, Pablo Echenique, disse hoje que o partido está “em choque” perante “a suspensão da democracia na Catalunha”, afirmando-se convicto que esta região “continuará a fazer parte de Espanha”.
“Estamos em choque pela suspensão de democracia não só na Catalunha mas no conjunto de Espanha, porque a Catalunha faz parte de Espanha e continuará a fazer”, declarou, falando logo a seguir ao presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, que anunciou as medidas decididas pelo executivo de Madrid em relação à Catalunha.
Echenique acusou o Partido Popular (no Governo) de “tentar empurrar a Catalunha para fora” de Espanha.
O Podemos, afirmou, “continua a aspirar retirar Mariano Rajoy [do poder], um presidente pirómano do Governo de Espanha”.
Bloco de Esquerda fala de “ataque terrível ao mais básico direito à autodeterminação de um povo”
A coordenadora do BE, Catarina Martins, criticou hoje o "ataque terrível" do Governo espanhol "ao mais básico direito à autodeterminação de um povo" na Catalunha, considerando que "a repressão não é um caminho aceitável em estados democráticos".
"Há uma coisa em que eu julgo que estamos unidos e em que a nossa solidariedade e determinação é essencial que é o direito à autodeterminação da Catalunha", afirmou, declaração que gerou uma grande ovação pela audiência.
Na opinião da líder do BE, "interessa pouco" aquilo que cada um "acha sobre a independência da Catalunha",
"Mas interessa tudo dizermos que o povo Catalunha tem direito a ter uma palavra e a repressão não é um caminho aceitável em estados democráticos", apelou.
Catarina Martins admite que pode haver "opiniões diferentes sobre a independência da Catalunha" - salientando que audiência "haverá pessoas com várias opiniões" - e podem também existir "visões diferentes sobre como o Governo regional da Catalunha está a dirigir o processo".
"Bem e à esquerda há divergências claras, com um Governo maioritariamente de direita da Catalunha, não é novidade para ninguém", realçou.
Para a coordenadora do BE, cabe a todos dizer que "a repressão não pode ser um caminho do Estado espanhol".
"Somos assim: solidários, democratas, internacionalistas", concluiu.
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