“Não podemos fingir que já superámos o vírus. Os dados são maus e o número de infeções está a crescer a uma taxa exponencial muito superior à que nos podemos permitir”, anunciou hoje a porta-voz do executivo catalão, Patrícia Plaja, em conferência de imprensa.
A porta-voz recordou que “a pandemia ainda não terminou e existem novas variantes altamente contagiosas e importantes setores não vacinados”.
O governo desta comunidade autónoma espanhola, situada a oeste do país, considera que a situação na região “é extremamente complicada”, o que obriga a recuar no desconfinamento.
Os locais interiores de vida noturna são encerrados a partir do próximo fim de semana e no exterior passa a ser obrigatório para os participantes em eventos com mais de 500 pessoas a realização de testes antigénios, que tenham um teste PCR negativo ou que estejam completamente vacinados contra a covid-19.
A decisão é tomada depois de uma semana em que as infeções aumentaram nesta comunidade, especialmente entre os jovens, com uma incidência de mais de 1.600 casos por 100.000 pessoas nas últimas duas semanas.
De acordo com os números oficias divulgados na segunda-feira pelo Ministério da Saúde espanhol, a Catalunha era a comunidade autónoma com o nível mais elevado de incidência acumulada com 440 casos, enquanto a média nacional é de 204 casos.
Entre os jovens de 20 a 29 anos, a região também bate todos os recordes com 1.590 casos contra uma média nacional de 640 casos, também para essa faixa etária.
O aumento de casos de covid-19 entre os jovens obrigou outras comunidades autónomas a tomar medidas, como é o caso de Navarra (nordeste) que voltou a impor restrições nos setores ligado à vida noturna e também na restauração e similares a partir de 07 de julho.
A Espanha é um dos países europeus mais atingidos pela pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.980.935 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 183,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.
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