Numa mensagem publicada nas redes sociais a propósito do Dia da Europa, Catarina Martins defendeu que “o tempo não é de celebração, mas de exigência”.
“Se a União Europeia não conseguir responder a esta crise, serve para quê? Será este o tempo da Europa?”, questiona ainda.
Na perspetiva da líder do BE “as cicatrizes da política de austeridade estão muito presentes e há uma justificada crise de legitimidade da própria União Europeia”.
“Adiar a revogação dos tratados que impedem o investimento solidário é repetir a resposta errada à crise financeira de 2007/08, aumentar o endividamento e regressar ao ciclo destrutivo das troikas. Esse caminho não pode ser repetido”, insistiu.
Para Catarina Martins, “a crise pandémica prova a necessidade de reforçar serviços públicos de saúde e todo o Estado Social e torna urgente a reconstrução económica”, mas deixa uma pergunta: “teremos uma resposta europeia?”.
O Dia da Europa, que assinala os 70 anos da “Declaração Schuman”, está hoje a ser celebrado maioritariamente ‘online’, face à pandemia de covid-19, em cerimónias e conferências quer ao mais alto nível quer em iniciativas nacionais e regionais.
O Dia da Europa assinala o aniversário da histórica "Declaração Schuman", um discurso proferido em Paris, em 09 de maio de 1950, por Robert Schuman, o então ministro dos Negócios Estrangeiros francês, que expôs a sua visão de uma nova forma de cooperação política na Europa.
A sua visão passava pela criação de uma instituição europeia encarregada de gerir em comum a produção do carvão e do aço.
Considera-se que a União Europeia atual teve início com a proposta de Schuman.
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