"Pedíamos ao senhor ministro da Educação, em primeira instância, mas agora também ao senhor ministro da Ciência e ao senhor primeiro-ministro, que cuidem deste assunto, que salvaguardem os interesses dos alunos, particularmente daqueles que vão concorrer ao ensino superior, e que encontrem uma via de diálogo para resolver esta situação o mais rapidamente e com o menor dano possível", apelou Ana Rita Bessa.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, a deputada centrista expressou a preocupação do CDS pela forma como têm sido realizados os exames, com cerca de "15 mil conselhos de turma que não foram realizados e cerca de 35 mil alunos do 11.º e 12.º ano que estão a fazer exames sem uma nota de avaliação contínua".
"Este Governo, que pretendia até acabar com os exames, vem agora dizer que a nota de exame é a nota que conta para o caso dos alunos que venham a ter avaliação contínua negativa, o que é particularmente irónico. Neste cenário já de si perturbador, os três grandes exames para acesso ao ensino superior tiveram muitas críticas", sustentou.
Ana Rita Bessa salientou que "o exame de Físico-Química foi classificado pelos professores de ardiloso", o de Português teve "uma alteração de tipologia que não foi comunicada previamente quer a alunos quer a professores".
"Ontem [segunda-feira], o exame de matemática teve as complicações que já tinham sido previstas há um ano pela Sociedade Portuguesa de Matemática, que decorrem do facto de, numa única prova, estarem em vigor dois programas diferentes de matemática", apontou.
"Com tudo isto, estamos preocupados com o acesso ao ensino superior. O calendário de acesso ao ensino superior inicia-se a 18 de julho e os pré-avisos de greve dos professores estão marcados até dia 13", sublinhou.
A deputada do CDS insistiu que "os alunos claramente não têm qualquer responsabilidade nesta situação, o problema decorre dos atrasos das negociações do Ministério da Educação com os professores".
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