Braga é um distrito “muitíssimo importante, onde o CDS tem muita tradição”, justificou aos jornalistas o líder parlamentar dos centristas, Nuno Magalhães, numa referência aos resultados obtidos naquele círculo, onde, em 2015, o partido elegeu três deputados, em coligação com o PSD.

Em 2011, quando concorreram sozinhos e Paulo Portas era líder do partido, os centristas conseguiram 10,37% dos votos, elegendo dois deputados, os mesmos que em 2009, com 10,39%. Um deles era Altino Bessa, um dos atuais críticos da líder do partido, Assunção Cristas.

Assunção Cristas encerra as jornadas, na terça-feira, à hora de almoço, depois de dois dias de debates sobre temas europeus e de segurança, após uma semana em que foram notícia incidentes e distúrbios nas regiões de Lisboa e de Setúbal.

Numa altura em que o CDS-PP “partiu na frente” e já anunciou os seus primeiros candidatos às europeias, lista que volta a ser encabeçada por Nuno Melo, um dos convidados das jornadas, Nuno Magalhães justificou a necessidade de “ter uma Europa cada vez mais solidária”, com políticas que “promovam a coesão e a solidariedade entre os Estados”.

No sábado, os fundos de coesão são tema de um debate moderado pelo deputado e candidato europeu Pedro Mota Soares, com Nuno Melo e João Machado, depois de, pela manhã, se discutir o artigo 13.º da Diretiva Europeia dos Direitos de Autor.

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Na terça-feira, o tema é a segurança, a vários níveis, da proteção civil à policial. José Manuel Moura, que fez parte do observatório técnico independente, fala sobre proteção civil, e Carlos Anjos, ex-inspetor da Polícia Judiciária, é outro dos participantes.

“A insegurança e o vandalismo” são temas que “têm preocupado muito os portugueses, sobretudo os que vivem nas áreas metropolitanas de Lisboa, Porto e Setúbal”, disse Nuno Magalhães.

Os centristas, recordou, têm uma posição tradicional que reforça “a sua inteira confiança e admiração aos homens e mulheres das forças de segurança”.

Na segunda-feira, os deputados começam as jornadas com uma visita a uma fábrica têxtil, em Guimarães, e ao hospital de Braga, um dos que era, até agora, gerido por uma parceria público-privada e o Governo admite passar para a gestão do Estado.

O hospital de Braga, nas palavras de Nuno Magalhães, é “uma das vítimas desta maioria de esquerda que impõe as suas convicções, impõe a sua ideologia”.