Um dia depois das legislativas que deram a vitória ao PS e 4,25% dos votos ao CDS, o pior resultado de sempre do partido, que levou à demissão da líder, Assunção Cristas, Lobo d’Ávila afirmou-se “triste” com o resultado “mau e desastroso” e disse não excluir qualquer cenário para o próximo congresso, incluindo uma candidatura a presidente.

“Todos somos poucos para mudar a situação. É evidente que não excluo nenhum cenário. Estou num momento de ponderação, de reflexão. Este é um resultado forte e chocante para quem gosta do CDS e temos que, com calma, sem pressas, tentar encontrar uma solução que permita uma união no CDS”, afirmou, em declarações à agência Lusa.

O grupo, que apresentou uma lista ao conselho nacional na anterior reunião magna dos centristas, começou “a atualizar a sua moção de estratégia para levar ao congresso”, antecipado pela decisão da líder do partido de se demitir na sequência da derrota nas legislativas de domingo.

Nas eleições de domingo, ganhas pelo PS com maioria relativa, os centristas obtiveram 4,25% dos votos, o grupo parlamentar passou de 18 para cinco deputados e a líder do partido demitiu-se do cargo, convocando um congresso antecipado.

Logo no domingo, Filipe Lobo d’Ávila afirmou-se “em estado de choque” com os resultados do partido nas legislativas, acrescentou estar “consciente das responsabilidades”, mas não esclareceu se se poderá candidatar no próximo congresso centrista.

“Em estado de choque num dos dias mais tristes da minha vida política no CDS mas consciente das responsabilidades que um resultado destes tem para todos nós no CDS. Sempre CDS. Nos bons e nos maus momentos”, escreveu Lobo d’Ávila na sua conta do Facebook.

Na noite das eleições, quando se demitiu, Cristas anunciou que ia pedir uma reunião do conselho nacional do CDS para marcar um congresso antecipado, mas ainda não é conhecida a data.