O anúncio foi hoje feito pelo porta-voz do CDS-PP, João Almeida, no seguimento da notícia, do Jornal de Notícias, de que o ministro das Finanças bloqueou verbas para os hospitais pagarem as dívidas aos seus fornecedores.
O ministro da Saúde já garantiu, também hoje, que o dinheiro para o pagamento de dívidas dos hospitais aos fornecedores já está nas unidades de Saúde e que está “a ser finalizado o processo de definição de pagamentos”, e que, dentro de dias, será feita a liquidação de faturas.
“Quando assistimos a uma mentira como esta, de transferir o dinheiro para os hospitais para, poucas horas, depois ir dizer ‘o dinheiro está aí, mas não o podem gastar’ é o limite da falta de respeito por quem tem responsabilidades nos hospitais, pelos profissionais de saúde, e, acima de tudo, o limite da falta de respeito por todos os cidadãos que merecem cuidados de saúde e não merecem ser enganados pelo Governo”, disse João Almeida.
Questionado a propósito das declarações de Adalberto Campos Fernandes o também deputado centrista disse que o ministro fala de uma verba que foi transferida, mas não fala, “porque não pode, sobre o facto de essa verba não poder ser utilizada”.
“O ministro da Saúde disse o mesmo [resolução do problema dentro de dias] sobre contratação de médicos especialistas para resolver o problema dos médicos de família e, infelizmente, os poucos dias são já muitos meses”, disse João Almeida.
E acrescentou o porta-voz: “Infelizmente, essa decisão sobre dinheiro que já estava no âmbito do Ministério da Saúde foi tomada pelo Ministério das Finanças e não pelo Ministério da Saúde. Quando é o Ministério das Finanças que manda na gestão dos hospitais, temos de fazer as perguntas a quem manda, que, neste caso, pelos vistos, é o ministro das Finanças”.
João Almeida salientou que o CDS-PP tem denunciado a falta de recursos no SNS, que tem levado ao caos nos centros de saúde e nos hospitais, sublinhando que o partido teve influência no acabar das cativações no último Orçamento de Estado.
“Não vamos permitir que as cativações sejam substituídas por qualquer outro mecanismo que permita que tudo continue na mesma no SNS”, concluiu.
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