Em declarações à Agência Lusa, João Almeida destacou em primeiro lugar a participação, próxima dos 80%, na primeira volta das presidenciais, na qual o centrista Emmanuel Macron está à frente com quase mais 2,5% do que a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.

"Mostra que um país como a França, com várias questões relevantes para discutir, se mobilizou nestas eleições e isso é positivo", afirmou.

Em segundo lugar, disse, as eleições demonstraram que há "uma derrota dos extremismos" já que não passou à segunda volta, como algumas sondagens admitiam, Jean-Luc Mélenchon, nem, por outro lado, Marine Le Pen venceu a primeira volta.

"Isso, do nosso ponto de vista, é significativo porque houve votações expressivas em candidatos que, tal como o CDS, defendem que a Europa precisa de reformar-se necessariamente mas que se deve reformar por dentro, sem ruturas e sem saídas", sublinhou João Almeida.

O porta-voz do CDS-PP assinalou ainda a baixa percentagem de votos obtida pelo candidato apoiado pelo Partido Socialista francês, considerando que esse resultado marca o fim "de um período totalmente fracassado de governação em França e provavelmente o maior fracasso de governação nos últimos anos".

"A esquerda europeia e a esquerda portuguesa também apontaram durante muito tempo [François] Hollande como o grande líder da esquerda europeia dos nossos tempos e o que vemos é que o fracasso é tal que o candidato apoiado pelo PS francês [Benoît Hamon] não teve sequer dez por cento. É um caminho que termina de forma absolutamente inglória", disse.

Segundo os dados do Ministério do Interior, quando falta apurar apenas 3% dos votos, Macron obteve 23,86% dos votos, enquanto Le Pen conquistou 21,43%.

Macron e Le Pen disputam a presidência na segunda volta, dentro de duas semanas, a 7 de maio.

Em terceiro lugar ficou o conservador François Filon, com 19,94%, enquanto Jean-Luc Mélenchon (esquerda) obteve 19,62% dos votos. O socialista Benoît Hamon obteve uma derrota histórica para o seu partido, com 6,35% dos votos.

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