Em nota citada pela Ecclesia é referido que a Conferência Episcopal Portuguesa "decidiu que as celebrações da Eucaristia com a presença da assembleia sejam retomadas a partir do dia 15 de março".
Contudo, considerando o tempo de Quaresma e a pandemia que se vive, é pedido que as procissões e outras expressões da piedade popular — como "visitas pascais" ou "saída simbólica" de cruzes — continuem suspensas, de forma a evitar "riscos para a saúde pública".
Os bispos definiram ainda que, na celebração de outros sacramentos, devem ser observadas "as normas de segurança e de saúde" referidas nas orientações divulgadas a 8 de maio de 2020.
Quanto à vivência da Semana Santa, a CEP lembrou que o Vaticano disponibilizou também um conjunto de orientações para que as celebrações possam acontecer em segurança em contexto de pandemia, considerando "mudanças na forma habitual de celebrar a Liturgia".
Desta forma, os bispos deixam algumas indicações práticas para essas celebrações, do Domingo de Ramos à Páscoa:
- Domingo de Ramos
- Devem ser evitados os ajuntamentos de fiéis;
- Os ministros e os fiéis podem ter nas mãos o ramo de oliveira ou a palma, mas não pode haver trocas de ramos.
- Missa Crismal
- Se não for possível "uma representação significativa de pastores, ministros e fiéis", o Bispo diocesano deve avaliar a possibilidade de transferi-la para outro dia, de preferência dentro do Tempo Pascal.
- Quinta-feira Santa
- Na missa vespertina da Ceia do Senhor deve omitir-se o lava-pés;
- No final da celebração, o Santíssimo Sacramento poderá ser levado, como se previsto, para o lugar da reposição numa capela da igreja onde se possa fazer a adoração, respeitando as normas da pandemia.
- Sexta-feira Santa
- O ato de adoração da Cruz com um beijo deve ser limitado só ao presidente da celebração.
- Páscoa
- A Vigília Pascal poderá ser celebrada em todas as suas partes, tal como previsto pelo rito.
A Conferência Episcopal volta a reunir para Assembleia Plenária entre os dias 12 a 15 de abril, pelo que vai reavaliar as orientações para as celebrações, "tendo em conta a situação de pandemia do país".
Recorde-se que a Conferência Episcopal Portuguesa determinou a suspensão das celebrações públicas de serviços religiosos, desde 23 de janeiro, na sequência do agravamento da pandemia de covid-19 no país. Já no confinamento da primavera passada a CEP suspendeu as missas, catequese e outros atos de culto presenciais.
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