Subordinada ao tema O Mundo visto de Fátima – Jornadas no contexto do centenário do Jornal Voz da Fátima, a jornada visa debater “a importância da imprensa de inspiração cristã na construção das sociedades”, segundo informação do Santuário.
“A partir da experiência da Voz da Fátima, que através dos seus editoriais e dos diferentes artigos contribuiu para relatar e difundir o acontecimento mas também interpretar o mundo contemporâneo a partir da mensagem, assumindo-se como a voz institucional deste Santuário, a Jornada de Comunicação procurará refletir sobre o futuro da imprensa cristã, os desafios da transição digital e a importância do jornalismo de proximidade, atento à escuta de pessoas e causas concretas”, explica o Santuário de Fátima na sua página na Internet.
O Presidente do Dicastério da Comunicação da Santa Sé, Paolo Ruffini, proferirá a conferência de abertura dos trabalhos, cujo programa prevê também intervenções de, entre outros, Carlos Camponês, Felisbela Lopes, Pedro Jerónimo, Jorge Pedro Sousa, Joaquim Franco, Carmo Rodeia, Cátia Filipe ou Octávio Carmo.
Na ocasião será feita a antestreia da reportagem “Páginas de Fátima”, do jornalista Joaquim Franco, “que permitirá uma viagem que atravessa os cem anos do jornal, lendo as principais temáticas que ocuparam a atenção dos responsáveis pela linha editorial desta publicação”.
Será ainda apresentado “um estudo comparado da Voz da Fátima, onde se apresenta o perfil do leitor da Voz da Fátima e por correlação, do leitor da imprensa católica, através da participação de vários responsáveis das principais publicações da imprensa católica portuguesa”.
O primeiro número do jornal foi publicado em 13 de outubro de 1922, “como meio de contacto com os peregrinos” e pela necessidade “de dar a conhecer a vida do Santuário, mas igualmente do desejo de difundir a mensagem de Fátima”, como sublinhou no número de outubro de 2021 o reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas.
Segundo o reitor, “não é possível fazer a história de Fátima — mensagem, protagonistas e vida do santuário — sem passar pelas páginas do jornal. Aí encontramos os relatos das grandes peregrinações, o testemunho dos grandes momentos de Fátima, a preparação e o acompanhamento das visitas dos Papas e de outras figuras relevantes da Igreja”.
A decisão de criar o jornal foi tomada em 04 de maio de 1922, por uma Comissão Canónica criada pelo então bispo de Leiria, José Alves Correia da Silva, e a publicação teria a finalidade de publicar todas as notícias e informações relativas aos acontecimentos de Fátima e, em concreto, as aparições.
O primeiro número da Voz da Fátima teve uma tiragem inicial de 6 mil exemplares, que chegou a aproximar-se dos 250 mil em 1954. Atualmente, a tiragem situa-se nos 62 mil exemplares, estando também disponível na página online do Santuário.
De distribuição gratuita, nunca interrompeu a sua publicação.
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