A exigência tem origem no movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções, uma campanha de várias décadas contra as políticas de Israel em relação aos palestinianos, que ganhou um novo impulso com o prolongamento da guerra entre os israelitas e o Hamas, que se estende há mais de seis meses.
Os estudantes pedem que as universidades se demarquem de quaisquer empresas que contribuam de alguma forma para os esforços miliares de Israel na faixa de Gaza e até mesmo daquele país, de uma forma geral.
Inspirados pelos protestos a decorrer e pelas detenções de mais de 100 alunos da Universidade de Columbia, na semana passada, estudantes de universidades desde o Massachusetts à Califórnia estão a agrupar-se em acampamentos nos quais prometem ficar até que as suas exigências sejam correspondidas.
Os protestos têm sido organizados por movimentos estudantis, que incluem, muitas vezes, elementos locais de organizações como a Estudantes pela Justiça na Palestina e a Voz Judaica pela Paz. Os diferentes grupos têm atuado de forma independente, apesar de existir alguma coordenação.
Os estudantes exigem, entre outros, que se pare de estabelecer relações comerciais com fabricantes de armas que fornecem Israel e que se pare de aceitar dinheiro de Israel para projetos que apoiem os esforços militares do país.
Também pedem que se pare de usar donativos feitos às universidades em gestores que lucram com empresas israelitas ou com os seus afiliados e que haja uma maior transparência sobre o dinheiro que é recebido de Israel e a sua aplicação.
Os responsáveis de várias universidades afirmam querer dialogar com os estudantes e apoiar o seu direito de manifestação, mas referem também as preocupações de muitos alunos judeus que acusam algumas das palavras e ações dos manifestantes de antissemitismo.
Os protestos nos campus universitários norte-americanos começaram logo após o ataque mortífero do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria das quais civis, e fez cerca de 250 reféns.
Durante a retaliação que se seguiu, Israel matou mais de 34 mil palestinianos na faixa de Gaza, de acordo com o ministério da Saúde do Hamas, que não faz distinção entre combatentes e civis, mas garante que mais de dois terços das vítimas mortais são mulheres e crianças.
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