O largo da casa mortuária e, depois, o cemitério de Vila Alva, no concelho de Cuba, foram pequenos para as largas centenas de pessoas que quiseres assistir à última despedida do bombeiro falecido.
As cerimónias fúnebres contaram com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares.
Depois de o corpo ter sido velado e da missa na casa mortuária, a urna foi colocada num carro dos Bombeiros de Cuba, o qual percorreu, em marcha lenta, as ruas de Vila Alva até ao cemitério da aldeia.
Na frente do cortejo fúnebre, seguiam 16 bombeiros que empunhava as bandeiras de cada uma das 15 corporações do distrito de Beja e da federação distrital e logo atrás a viatura da corporação alentejana com a urna.
O chefe de Estado e o ministro, acompanhados pelas largas centenas de pessoas, incluindo muitos bombeiros fardados, seguiram atrás da viatura com a urna, num percurso de cerca de 200 metros, até ao cemitério da aldeia.
No cemitério, foi cumprido um minuto de silêncio em memória do bombeiro Carlos Carvalho e as sirenas de várias viaturas dos bombeiros estacionadas no exterior tocaram em uníssono.
O bombeiro Carlos Carvalho, de 40 anos, que sofreu queimaduras graves no incêndio em Castro Verde, no dia 13 deste mês, morreu na quinta-feira no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para onde tinha sido transportado de helicóptero.
Este é o quarto bombeiro a morrer em contexto de combate a incêndios em Portugal no mês de julho.
Segundo o comandante dos Bombeiros de Cuba, José Galinha, o outro elemento da corporação, Carlos Heleno, de 30 anos, que também sofreu queimaduras graves no combate ao mesmo incêndio, está em “situação estável” no Hospital de São José, em Lisboa, para onde foi transportado de helicóptero.
O Presidente da República lamentou, na quinta-feira, a morte do bombeiro Carlos Carvalho, considerando que esta tem sido uma “semana trágica” para os bombeiros portugueses e que lhes é devida “profunda homenagem”.
O ministro da Administração Interna determinou, na altura, a abertura de um inquérito ao incêndio florestal em Castro Verde.
Eduardo Cabrita manifestou igualmente “profunda consternação” pela morte do bombeiro de Cuba, que não resistiu aos ferimentos sofridos no combate ao fogo.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) também manifestou “sentidas condolências” à família e colegas do bombeiro Carlos Carvalho.
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