“Há um progresso na capacidade do SNS de responder às suas exigências. Que tenhamos completado este processo, não”, disse Centeno na audição na Comissão de Orçamento e Finanças, que começou antes das 11:00 (hora de Lisboa).
Centeno disse ainda que "há dificuldades, sim, ainda hoje", mas ao longo da audição o tom que dominou o seu discurso foi o da melhoria que o Governo que integra conseguiu nos cuidados de saúde face ao que encontrou em 2015.
O ministro das Finanças destacou por várias vezes o aumento de médicos e da despesa no SNS face a 2015, tendo dito que em dezembro de 2015 existiam 25.300 médicos no SNS e em maio último eram 29.100.
Já quanto a todos os profissionais que estão no SNS (médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes técnicos e operacionais, entre outros) passaram de 119 mil para 130.800, afirmou.
Centeno destacou ainda o aumento do número de consultas, cirurgias e tratamentos nos centros hospitalares, tendo dado vários exemplos, e o reforço de 1.600 milhões de euros de despesa face à de 2015.
O governante criticou ainda, numa referência a PSD e CDS-PP, que os que hoje “se arrogam em defensores dos serviços públicos” são os que apoiaram governos que prejudicaram o seu funcionamento.
“Houve uma enorme delapidação dos recursos no programa de ajustamento e recuperar levou tempo, mas recursos financeiros estão hoje à disposição dos serviços públicos”, disse Centeno.
Nos últimos dias têm vindo a público problemas no SNS em vários pontos do país.
Em Lisboa foi noticiado o eventual fecho rotativo das urgências de obstetrícia em quatro hospitais nos meses de verão.
No sábado, numa carta divulgada pelo Jornal de Notícias, 13 diretores de serviço avisaram a ministra da Saúde, Marta Temido, e a Administração Regional de Saúde do Norte de que, se continuarem impedidos de contratar novos profissionais, "não será possível garantir as urgências” de Ginecologia/Obstetrícia na região “nos meses de julho, agosto e setembro".
Comentários