Instalado no sítio do Semedeiro, numa área de dois hectares, perto do centro daquela vila do distrito de Faro, a nova infraestrutura municipal está equipada com um heliporto, depósitos de água e de combustível e de um edifício para acolher os meios humanos e materiais.

“É uma obra de importância máxima para o concelho e para toda a região, que vem melhorar as condições de acolhimento e de operacionalidade da Proteção Civil, essencialmente na prevenção e no combate aos fogos florestais”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Monchique.

De acordo com Paulo Alves, o novo equipamento vai funcionar durante todo o ano, estando o heliporto licenciado apenas para “operar durante o dia, no âmbito da Proteção Civil, na defesa da floresta contra incêndios”.

“O município tem a intenção futura de obter licenciamento para que possa operar com outras aeronaves e com utilização noturna”, referiu o autarca.

O Centro de Meios Aéreos de Monchique representou um investimento global de dois milhões de euros, financiado em um milhão de euros por fundos comunitários.

“Monchique investiu 1,1 milhões de euros na obra, o que representa um enorme esforço financeiro para um município como o nosso, mas trata-se de uma obra importante para a preservação da floresta na região”, notou.

Os fundos europeus foram assegurados pelo Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V-A no âmbito do projeto CILIFO - Centro Ibérico para a Investigação e Luta Contra Incêndios Florestais, que agrega as regiões do Alentejo, Algarve e Andaluzia (Espanha).

O projeto transfronteiriço permitiu a construção dos centros de meios aéreos de Monchique e de Cachopo, no concelho de Tavira, e a ampliação da área reservada ao estacionamento de aeronaves do centro de Loulé.

O CILIFO tem como beneficiário principal a Junta da Andaluzia, e, no Algarve, os municípios de Loulé, Monchique e Tavira e a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), contando com a coordenação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.