Em Leiria, onde esteve na apresentação do ART&TUR - Festival Internacional de Cinema de Turismo, Pedro Machado anunciou que até outubro de 2017, estão contabilizadas "quase 5,7 milhões de dormidas", valor muito próximo do acumulado referente ao ano de 2016.
"Acredito que no final de 2017 passaremos de forma clara a fasquia dos seis milhões de dormidas", disse o presidente do Turismo do Centro, lembrando que "será um recorde" e que significa um crescimento de 20% em relação ao ano transato na “região que mais cresce em hóspedes e dormidas".
"Há dez anos, se contabilizarmos todas as regiões que hoje estão sob a alçada da marca Centro de Portugal, estamos a comparar 2,4 ou 2,5 milhões de dormidas. Agora, terão sido seis milhões", sublinhou.
A nível nacional, o Centro de Portugal foi a região que mais turistas atribuiu em Portugal nos meses de abril, maio, setembro e outubro.
Em abril e maio, a presença do papa Francisco a Fátima e a proximidade com Espanha, na Páscoa, foi determinante.
Quando a setembro e outubro, Pedro Machado afirma que "há uma tendência crescente em relação à procura turística para destinos com características idênticas à do Centro - turismo ativo, turismo natureza, pedestrianismo e muitas outras atividades associadas também ao património e à cultura" e que existiu "uma mobilização à volta do destino Centro de Portugal, sobretudo depois dos incêndios de junho em Pedrógão Grande".
Quanto a países de origem dos turistas estrangeiros, houve "um crescimento exponencial" de destinos como o Brasil, Estados Unidos da América e Irlanda, "que crescem acima dos 50% ao longo do ano, na comparação com o período homólogo de 2016".
Estes números são, segundo o responsável pelo Centro de Portugal, efeito de "grandes campanhas ‘online’".
"O Turismo de Portugal tem um milhão de seguidores no Facebook. E cresceu de forma exponencial no Brasil, nos Estados Unidos da América, na Irlanda, na Itália, na França e começa a ter números particularmente interessantes da Polónia, muito por via do turismo religioso", justifica.
Em 2018, o Centro de Portugal espera continuar a crescer, mas Pedro Machado assume-se preocupado com os efeitos dos incêndios de 2017 na imagem o território.
"Percebemos que [os incêndios de] junho e outubro ameaçam a perceção de segurança que o destino tem. Iremos combatê-la, apostando no chavão: 'Continuamos maravilhosos, podem vir'. No Centro de Portugal existem estruturas hoteleiras, restauração, serviços, animação turística, que permitem essa fruição, como está provado pelos números".
Por outro lado, há que demonstrar que continuam a existir condições e oferta a nível de turismo ativo e turismo natureza, porque "a região foi de facto muito atingida pelos incêndios, mas foi atingida em cerca de 50% da sua área. Dos 100 municípios, foi calculado que cerca de 50 municípios foram atingidos. Nos outros, tudo continua disponível".
Mesmo sem a visita do papa Francisco, Pedro Machado confia no aumento do número de visitantes,
"Em julho, temos o Encontro Mundial das Famílias Católicas, que terá só de participantes diretos, nove mil pessoas que vão estar durante dez dias em Fátima. Isto esgota completamente a capacidade hoteleira de Fátima. Se juntarmos a isto encontros como o G8 Saúde em Coimbra, que se realiza pela primeira vez em Portugal, ou outros de caráter mundial de que estamos neste momento a tratar, acredito que em 2018 vamos continuar este crescimento".
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