Em declarações à margem da assinatura da consignação da segunda fase das obras do novo edifício hospitalar do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), António Dias Alves revelou escassez de meios que "foram agravados com a entrada em vigor da nova lei".
Informando que nos últimos tempos "várias pessoas foram saindo, umas porque pediram a rescisão, outros que se aposentaram", revelou terem pedido à tutela "que fossem substituídas, acabando a resposta por ficar aquém do pretendido.
Segundo António Dias Alves, foram "pedidas 198 pessoas", tendo-lhes sido "concedido cerca de metade (96)", num esforço que ditou uma reunião com "as chefias a pedir ajuda no sentido de descobrir maneiras de, com alguma escassez de recursos, responder aos doentes".
"Estamos à espera que, numa fase subsequente, o ministério da Saúde possa suprir as vagas de todos os que saíram e ainda dos que estão em ausência prolongada, por doenças muito prolongadas, gravidez de risco", afirmou o presidente do Conselho de Administração (CA), convicto de que "num prazo de duas semanas" terá os profissionais disponibilizados a trabalhar no hospital.
Salientando que o CA "ainda não encerrou nenhuma cama" graças à "boa colaboração dos profissionais e dos diretores de serviço", este é, contudo, um cenário que não afasta, ao mesmo tempo que admite um aumento das "horas extraordinárias".
"Pedimos aos serviços para que até esta sexta-feira nos façam chegar propostas concretas sobre soluções, que podem ser encerrar algumas camas temporariamente ou trabalho adicional", informou António Dias Alves.
O reforço verificar-se-á ao "nível dos técnicos de diagnóstico, sobretudo enfermeiros e auxiliares, técnicos superiores e administrativos", disse.
"De médicos, estamos à espera de um concurso que vá haver e vamos voltar a colocar o pedido de alguns médicos de várias especialidades, como a anatomia patológica, que é um serviço fundamental, de neurologia, medicina física, entre outras", concluiu.
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