Organizado pelas organizações de defesa dos animais Animal Save Portugal, Animal Save and Recue Portugal e Empty the Tanks, considerado “o braço ativista” da norte-americana The Dolphin Project, o protesto consiste numa vigília pacífica que estará em curso até as 19:30 junto à entrada principal do parque aquático, localizado na Guia, em Albufeira, para “sensibilizar” os visitantes e a população em geral para esta temática, disse um dos porta-vozes.
Francisco Brandão explicou à agência Lusa que o grupo de manifestantes se tem mantido numa área ajardinada à entrada do Zoomarine que lhes foi atribuída para o protesto e tem “obtido algum apoio, quer de alguns visitantes que manifestam a sua concordância, quer de automobilistas que passam junto ao parque e apitam para manifestar a sua oposição a este tipo de espetáculo”.
A mesma fonte disse que o principal objetivo passar por “sensibilizar a população para a necessidade de acabar com estes espetáculos que utilizam mamífero marinhos, como golfinhos, e outros animais para diversão humana”, a “viverem como prisioneiros em espaços pequenos, comparados com o mar”, que é o seu habitat natural.
“E não são só os golfinhos, são também aves exóticas ou répteis e nenhum deveria estar aqui”, afirmou Francisco Brandão, da Animal Save Portugal, em declarações à agência Lusa.
Outro dos elementos do grupo, Fernando Roneberg, que agora trabalha com a organização Empty The Tanks, que procura libertar mamíferos marinhos de parques para centros de reabilitação e santuários, afirmou ser “necessário acabar com o mito de que estes animais que nascem em cativeiros não podem voltar à natureza”.
“A Experiência da Empty the Tanks e do The Dolphin Project, que já conta com 50 anos de trabalho nesta área, demonstra o contrário, porque podem ser criados santuários para estes animais e os mais jovens têm uma capacidade de aprendizagem que dá garantias de que isso pode ser feito”, afirmou, frisando que estas organização já “conseguiram libertar mais de 20 de animais em santuários por todo o mundo”.
Fernando Roneberg, que é biólogo marinho, disse também que é preciso direcionar o trabalho que os tratadores e cuidadores fazem nos parques aquáticos com mamíferos marinhos para esse outro objetivo de acabar com os espetáculos com animais e devolver os exemplares que neles se encontram para centros de recuperação e santuários.
Por outro lado, Fernando Roneberg refutou a ideia de que o trabalho científico e de recuperação que estes recintos fazem é não pode ser feito de outra forma, assegurando que “podem ser criadas zonas santuário, no mar, com condições mais próximas do habitat natural, do que passarem a vida em piscinas”, assegurou.
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