De acordo com o programa das cerimónias fúnebres do antigo chefe de Estado, que morreu na sexta-feira aos 81 anos, a ocupação seguirá as regras fixadas pela Direção-Geral de Saúde, que determinou 75% da capacidade total, “pelo que se prevê um total de cerca de 300 pessoas, separadas em três `ilhas´”.
Na primeira `ilha´ estarão 12 elementos da família, as mais altas entidades do Estado e deputados. Em frente estarão amigos próximos de Jorge Sampaio e outras entidades e, à direita da principal, as delegações estrangeiras presentes, bem como o corpo diplomático acreditado em Lisboa.
A ala à esquerda da principal foi destinada à Orquestra Sinfónica Portuguesa e ao Coro do Teatro Nacional de São Carlos.
A cerimónia começa às 11:00 com o Hino Nacional, seguindo-se a passagem de um excerto do discurso da tomada de posse de Jorge Sampaio como Presidente da República, no parlamento, em 9 de março de 1996.
Segue-se a transmissão da intervenção de Sampaio na CNN sobre Timor-Leste, em 10 de dezembro de 1996, que foi um marco importante no processo de auto-determimação daquele país.
A sessão prossegue com mensagens do ex-primeiro-ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri e do ex-Presidente da República José Ramos Horta, seguindo-se um momento musical gravado no sábado em Timor pelo coro da escola portuguesa de Díli, interpretando “Ai Timor”, dos Trovante.
Em seguida, estão previstas as intervenções dos filhos do ex-chefe de Estado, Vera e André Sampaio, e um poema de Jorge de Sena — “Uma pequenina luz”, dito pela atriz Maria do Céu Guerra.
Intercaladas por peças de música clássica, seguem-se as intervenções do primeiro-ministro, António Costa, do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A cerimónia termina pelas 13:00 com a saída do cortejo e a urna, coberta pela Bandeira Nacional, será transportada por cadetes das Forças Armadas até ao carro funerário, que seguirá, com escolta de honra, para o Cemitério do Alto de São João, num percurso pela Avenida da Índia, Avenida 24 de Julho, Ribeira das Naus, Praça do Comércio, momento em que cinco caças F-16 sobrevoam o local, Avenida Infante D. Henrique, Avenida Mouzinho de Albuquerque, Praça Paiva Couceiro e Rua Morais Soares.
A chegada ao cemitério está prevista para as 13:30.
Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, Oeiras, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.
O Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e segunda-feira, e cerimónias fúnebres de Estado.
O funeral, com honras de Estado, realiza-se no domingo, antecedido por uma homenagem no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
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