O concurso resulta de uma das muitas mudanças introduzidas no ano passado ao modelo de recrutamento e gestão de professores, que reorganizou os quadros de zona pedagógica (QZP), encurtando a dimensão geográfica das regiões para que os docentes não sejam colocados tão longe de casa.

Assim, de 10 QZP passaram a existir 63, pelos quais os docentes foram agora distribuídos no âmbito do concurso de transição, em que eram obrigados a candidatar-se a todas as novas zonas constituídas dentro dos limites geográficos daquela a que estavam vinculados.

“Em função das suas preferências, os candidatos foram colocados num dos novos QZP, que resultaram da subdivisão do QZP extinto a que estavam vinculados, verificando-se que 85,4% dos docentes obteve colocação no QZP novo que indicou na sua primeira preferência”, refere a nota informativa publicada hoje pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE).

Segundo a DGAE, das 24.191 vagas inicialmente disponibilizadas, ficaram por preencher 2.939 lugares, devido a saídas por aposentação, mas também por “simples descuidos individuais” ou porque professores no exercício de outras funções não apresentaram candidatura.

A direção-geral recorda ainda que os docentes que participaram no concurso estão agora obrigados a aceitar a colocação até às 23:59 de terça-feira.

Quando entram nos quadros do Ministério da Educação, os professores vinculam inicialmente aos chamados Quadros de Zona Pedagógica, podendo ser colocados em qualquer escola dessa zona.

Na configuração anterior, poderiam ficar sujeitos a longas deslocações diárias — por exemplo, a região do Algarve correspondia a apenas um QZP, podendo ser colocados tanto em Lagos como em Vila Real de Santo António -, mas essas distâncias são agora encurtadas com a criação de novas zonas.

Do concurso de transição, ficaram apenas excluídos aqueles que obtiveram vinculação através do concurso externo de vinculação dinâmica realizado no ano passado e que este ano terão de candidatar-se a todo o país.