Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, Nuno Coelho, “foi criada uma comissão de três trabalhadores para ajudar à gestão da cervejaria durante o dia de hoje”, enquanto “não se encontra uma solução para o pagamento do subsídio de Natal de 2018 e da segunda tranche do salário deste mês”.

“Ontem [segunda-feira], após os trabalhadores terem dado conta que estavam a tentar tirar as máquinas, foram para lá e não deixaram que saísse nada. Depois disso, reunimos com a patroa e com a advogada e conseguimos criar uma comissão formada por esses três trabalhadores”, explicou o sindicalista.

Nuno Coelho acrescentou que, na sequência reunião, os funcionários “assumiram, a casa abriu e estão a trabalhar normalmente, tendo inclusive sido servidos os almoços”.

No passado sábado, "todos os 25 trabalhadores" da Cervejaria Galiza cumpriram um dia de greve em protesto contra os atrasos nos pagamentos das remunerações.

O principal motivo da greve deveu-se ao facto de a empresa “não ter cumprido o acordo de pagar em julho o subsídio de Natal, decidido numa reunião no Ministério do Trabalho, nem, depois, em outubro, como posteriormente ficou combinado”.

“Mas também pretendemos protestar porque os vencimentos mensais estão a ser pagos ultimamente em duas ou três parcelas mensais, além de que os salários estão congelados há uma década”, afirmou o sindicalista

Depois de “a gerência ter deixado ao abandono o restaurante", há quatro anos, a empresa entrou em dificuldades e as dívidas ao Fisco e à Segurança Social “chegaram aos dois milhões de euros", sublinhou o sindicalista.

A tentativa de resolver o problema passou pelo recurso a um Processo Especial de Revitalização (PER), aceite pelo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia, e pela chegada de um gestor.

“O problema é que as suas decisões não ajudam em nada à viabilização da casa”, sublinhou.

Fundada a 29 de julho de 1972, a cervejaria detida pela empresa Atividades Hoteleiras da Galiza Portuense é “uma das referências do Porto no setor da restauração”, mas, ao ter alterado “para pior produtos e serviços”, colocou “em causa a qualidade e diversidade do serviço, o que levou ao afastamento de clientes importantes da casa”, figuras “de grande relevância nacional ligada à politica, artes e desporto”, referiu o sindicato, num comunicado.

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